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Fernandinho Beira-Mar é transferido novamente para presídio de Catanduvas (PR)

Fernandinho Beira-Mar volta pela segunda vez a Catanduvas (PR) - Evaristo Sá/AFP
Fernandinho Beira-Mar volta pela segunda vez a Catanduvas (PR) Imagem: Evaristo Sá/AFP

Talita Boros*

Do UOL, em Curitiba

21/09/2012 11h34

O traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, foi transferido novamente à Penitenciária Federal de Catanduvas, na região oeste do Paraná. Depois de passar por cinco Estados nos últimos anos, ele estava preso desde fevereiro no presídio federal de Porto Velho (RO).

É a terceira vez que o traficante mais famoso do país vai para o presídio considerado de segurança máxima no Estado. A mudança constante faz parte da estratégia do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), que promove rodízio de presos para evitar fortalecimento dos considerados mais perigosos nas unidades.

De acordo com o Depen, além de Beira-Mar, outros 108 presos foram transferidos, em uma megaoperação que mobilizou 23 agentes, dois aviões e diversos carros de polícia. O órgão afirma que esse tipo de procedimento é normal, para manter a segurança nas unidades prisionais.

Beira-Mar chegou no aeroporto de Cascavel em um avião do Depen com um forte esquema de segurança e escolta para ser levado a Catanduvas, que fica a 55 km. Além de Beira-Mar, outros 108 presos mudaram de endereço, em uma megaoperação que mobilizou 23 agentes, dois aviões e diversas viaturas.

Outros presídios federais também tiveram um dia movimentado. O de Porto Velho, de onde saiu Beira-Mar e outros oito detentos, recebeu 19 presos transferidos de outras unidades. No de Mossoró (RN), saíram 11 e chegaram 11, enquanto o de Campo Grande (MS) recebeu 43 e despachou 15.

A tática do rodízio é adotada desde 2008, quando o governo abortou planos de atentados arquitetados por Beira-Mar e o traficante colombiano Juan Carlos Abadía. Eles se uniram aos maiores ladrões de banco do País no presídio federal de Campo Grande para aterrorizar juízes que atuavam nos seus processos e autoridades que poderiam atrapalhar seus negócios milionários.

Avião

Em junho, uma aeronave Beechcraft Baron 58, que era usada pelo traficante, foi entregue ao governo do Paraná. O avião, com capacidade para seis pessoas (dois tripulantes e quatro passageiros) foi apreendido pela Polícia Federal em 2001, próximo a Cuiabá.

Na época, estava carregado com 488,5 quilos de cocaína provenientes do Paraguai, e seguia com destino ao Rio de Janeiro e São Paulo.

Agora a aeronave é utilizada em atividades nos municípios do interior, além de auxiliar o governo em ações de segurança pública e saúde, como o transporte de órgãos para transplante.

(*Com Agência Estado)