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Defesa de Macarrão pede indenização de R$ 1 milhão a advogado de Bruno que afirmou que amigos tinham relação gay

Do UOL, em Belo Horizonte

05/11/2012 22h18

O advogado Leonardo Diniz, defensor de Luiz Henrique Romão, o Macarrão, ajuizou uma ação contra o advogado do goleiro Bruno Fernandes, o criminalista Rui Pimenta, pedindo na Justiça uma indenização de R$ 1 milhão e retratação pública das declarações feitas por Pimenta. 

Em julho deste ano, o advogado do ex-atleta afirmou que seu cliente e Macarrão mantinham um “relacionamento homossexual ativo e passivo”. Os dois amigos são acusados de envolvimento no desaparecimento e morte de Eliza Samudio e serão julgados a partir de 19 de novembro próximo.

A polêmica entre as duas partes começou depois da divulgação de uma carta escrita por Bruno e publicada na revista Veja. No documento, o goleiro diz que conversou com seus advogados e foi orientado a colocar em prática "o plano B", que seria imputar a responsabilidade pela morte da modelo Eliza Samudio sobre Macarrão.

O goleiro chega a pedir desculpas ao amigo em trechos da carta por jogar nele a responsabilidade pelo crime. Segundo a reportagem da revista, a carta teria sido interceptada por agentes penitenciários, mas, à época, a Secretaria de Estado de Defesa Social negou que qualquer documento dos dois presos na Penitenciária Nelson Hungria tenha sido confiscado.

Após a divulgação, Pimenta declarou que a correspondência indicava o rompimento de um caso amoroso entre Macarrão e Bruno, afirmação que incomodou Diniz. “Ele trouxe aquele factoide e gerou um prejuízo para o Macarrão, que é um pai de família e teve a imagem execrada”, afirmou o defensor em entrevista ao UOL nesta segunda-feira (5).

Na época das declarações, Diniz entrou com uma medida preparatória de um processo de difamação contra Pimenta na 11ª Vara Criminal do Fórum Lafayette, em Belo Horizonte, dando a chance de reparação das declarações perante a Justiça. No entanto, como Pimenta não se retratou, Diniz seguiu com uma ação impetrada na 1ª Vara Cível da capital mineira em 20 de agosto.

Em nota divulgada nesta segunda-feira (5), Diniz também informou que “a propositura da ação se deu a pedido do próprio Luiz Henrique, que se sentiu ofendido e ultrajado em sua dignidade”.

O criminalista Rui Pimenta foi procurado pela reportagem do UOL para comentar a ação, mas não atendeu às ligações feitas na noite desta segunda-feira (5).