Suposta amante do coronel Ubiratan não vai depor no julgamento de Carla Cepollina
Com três horas de atraso, começou por volta das 16h desta segunda-feira (5) o julgamento de Carla Cepollina, 46, acusada de matar o coronel da reserva da Polícia Militar Ubiratan Guimarães. Carla era namorada da vítima na época do crime, em setembro de 2006.
A principal testemunha chamada pela acusação, a delegada da Polícia Federal Renata Madi, não compareceu. Ela é apontada pelo Ministério Público como amante do coronel Ubiratan na época, o que teria motivado o crime passional.
Renata mora atualmente em Brasília e não é obrigada a comparecer porque o julgamento ocorre em uma comarca diferente de sua residência.
O filho do coronel, Fabricio Rejtman Guimarães, também não deve comparecer. A ausência das duas testemunhas fez com que a promotoria pedisse o adiamento do julgamento --o que causou o atraso--, mas o pedido foi negado.
O julgamento está sendo realizado no Fórum Criminal da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo. Os jurados já foram sorteados: serão seis homens e uma mulher.
O caso
Ubiratan, que era deputado estadual, morreu com um tiro no abdome em seu apartamento nos Jardins, na zona oeste da capital. O coronel ficou conhecido por ser o comandante da operação de invasão do Carandiru em 1992, que resultou na morte de 111 presos --a operação ficou conhecida como "massacre do Carandiru".
De acordo com a acusação do Ministério Público, Carla teria disparado contra o policial depois de uma discussão motivada por ciúme.
Ela teria atendido um telefonema feminino na casa do namorado e atirou, conforme a denúncia, por ele ter rompido o relacionamento com ela. Além disso, sustenta o MP, a advogada foi a última pessoa a deixar o prédio do coronel Ubiratan.
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