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Suposta amante do coronel Ubiratan não vai depor no julgamento de Carla Cepollina

Débora Melo

Do UOL, em São Paulo

05/11/2012 16h22

Com três horas de atraso, começou por volta das 16h desta segunda-feira (5) o julgamento de Carla Cepollina, 46, acusada de matar o coronel da reserva da Polícia Militar Ubiratan Guimarães. Carla era namorada da vítima na época do crime, em setembro de 2006.

A principal testemunha chamada pela acusação, a delegada da Polícia Federal Renata Madi, não compareceu. Ela é apontada pelo Ministério Público como amante do coronel Ubiratan na época, o que teria motivado o crime passional.

Renata mora atualmente em Brasília e não é obrigada a comparecer porque o julgamento ocorre em uma comarca diferente de sua residência.

O filho do coronel, Fabricio Rejtman Guimarães, também não deve comparecer. A ausência das duas testemunhas fez com que a promotoria pedisse o adiamento do julgamento --o que causou o atraso--, mas o pedido foi negado.

O julgamento está sendo realizado no Fórum Criminal da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo. Os jurados já foram sorteados: serão seis homens e uma mulher.

O caso

Ubiratan, que era deputado estadual, morreu com um tiro no abdome em seu apartamento nos Jardins, na zona oeste da capital. O coronel ficou conhecido por ser o comandante da operação de invasão do Carandiru em 1992, que resultou na morte de 111 presos --a operação ficou conhecida como "massacre do Carandiru".

De acordo com a acusação do Ministério Público, Carla teria disparado contra o policial depois de uma discussão motivada por ciúme.

Ela teria atendido um telefonema feminino na casa do namorado e atirou, conforme a denúncia, por ele ter rompido o relacionamento com ela. Além disso, sustenta o MP, a advogada foi a última pessoa a deixar o prédio do coronel Ubiratan.