Oficial de Justiça chega à cadeia em Goiânia com alvará de soltura de Cachoeira
Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, deve deixar o Núcleo de Custódia do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, a qualquer momento. O oficial de Justiça está no local com o alvará de soltura.
O habeas corpus foi expedido pelo desembargador, Tourinho Neto, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, que determina a soltura imediata. O pedido de habeas corpus foi feito na última segunda-feira, 10, pelo advogado de Cachoeira, Nabor Bulhões.
Segundo ele, a prisão preventiva decretada na sexta-feira, 7, pelo processo da Operação Monte Carlo não tinha apoio legal porque depois que o tribunal concedeu habeas corpus nenhum fato novo aconteceu para justificar essa medida extrema.
Cachoeira voltou para a cadeia por volta de 13h da sexta-feira, 7, em Goiânia. Ele estava em sua casa, no condomínio Alphaville Cruzeiro do Sul, também na capital goiana, e foi levado para a sede da Superintendência da Polícia Federal.
No sábado, foi transferido para a carceragem do Núcleo de Custódia do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia. O pedido de prisão, expedido pelo juiz Alderico Rocha Santos, da 11ª Vara da Justiça Federal, é referente à operação Monte Carlo, deflagrada em fevereiro e que levou Cachoeira à prisão pela primeira vez.
O magistrado o condenou a 39 anos e oito meses de prisão por diversos crimes de corrupção, peculato e formação de quadrilha.
Também foram condenados Lenine Araújo de Souza, primo de Cachoeira e apontado como gerente e contador da organização criminosa, que pegou 24 anos e quatro meses de prisão. Giovani Pereira da Silva, também suposto contador, foi condenado a 13 anos e quatro meses.
Ex-vereador em Goiânia, Wladmir Garcêz foi condenado a sete anos. Ele seria o braço político do esquema.
O sargento do Exército e araponga do grupo Idalberto Matias, o Dadá, pegou 19 anos e 3 meses; José Olímpio de Queiroga Neto, operador do esquema de jogos, 23 anos e 4 meses; Raimundo Washington de Sousa Queiroga, também operador de jogos, 12 anos e 8 meses; e Gleyb Ferreira da Cruz, interlocutor com autoridades policiais, 7 anos e 8 meses. Os condenados podem recorrer.
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