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Família espera há 50 dias informação sobre coma de estudante durante lipoaspiração em SP

Silmara Xavier Ribeiro - Arquivo pessoal/UOL
Silmara Xavier Ribeiro Imagem: Arquivo pessoal/UOL

Fabiana Marchezi

Do UOL, em Campinas (SP)

08/02/2013 12h26

A família da estudante de 32 anos que sofreu no fim do ano passado uma parada cardiorrespiratória e entrou em coma durante uma cirurgia de lipoaspiração no Hospital Galileo, em Valinhos (a 89 km de São Paulo), afirmou nesta sexta-feira (8) ao UOL que desde então o hospital não passou nenhuma informação concreta sobre o estado da jovem e o ocorrido no procedimento.

A irmã da jovem, Suzilei Xavier, disse que até agora a única certeza que tem é de que mesmo depois de fazer todos os exames que precedem à cirurgia a jovem sofreu as complicações.

“Só disseram que no início do procedimento minha irmã sofreu uma parada cardiorrespiratória, que resultou em graves lesões no cérebro e a deixou em coma. Desde então, ela está na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) e não tem sinal nenhum de vida. Não fala, não se mexe, não come. Estamos há 50 dias sem explicações concretas”, explicou Suzilei.

Segundo a família, Silmara Xavier Ribeiro era saudável e sempre quis fazer o procedimento para retirar o culote. “Ela implicava com o culote, mas era magrinha. Como o médico disse que era seguro, ela pagou e quis realizar esse sonho. Agora, ninguém nos dá nenhuma explicação do que ocorreu. Se ela era saudável, não entendemos. Só nos resta não perder a esperança de que um dia ela acorde e se recupere”,  completou Suzilei.

O advogado da família, Eldi Marques, informou que já entrou com pedido de abertura de inquérito policial e representação no Ministério Público de Valinhos para que o caso seja investigado. “É preciso apurar se houve negligência e irresponsabilidade no caso, uma vez que as poucas informações passadas à família estão desencontradas”, disse Marques.

Segundo ele, primeiro o médico responsável pelo procedimento disse que ela sofreu a parada logo após a anestesia, depois disse que só perceberam a parada após o segundo furo, quando viram que a unha da paciente estava roxa. ”Onde estavam os aparelhos que detectam o problema? Como foi feito esse socorro depois da parada”.

O caso já foi encaminhado pelo MP à Delegacia da Mulher da cidade. A delegada disse que os envolvidos no caso começarão a ser ouvidos na próxima semana.

Outro lado

Procurada, a administração do hospital disse que não vai divulgar informações sobre o caso até que a família assine uma autorização para isso. A família informou que levará essa autorização ainda nesta sexta-feira.