Acusado de matar mulher fisiculturista asfixiada está foragido há 2 meses
O empresário paulista Alexandre Furtado Paes, 35, acusado de matar por asfixia mecânica a esposa Fabiana Cargianno Paes, 36, quando o casal estava em viagem pelo Rio Grande do Norte com a família da jovem, está foragido da polícia há exatos dois meses, completados nesta segunda-feira (25).
Segundo o delegado que investigou o caso, Frank Albuquerque, o suspeito não deve se entregar. “O Alexandre pode fazer isso em qualquer Estado do Brasil. Ir a uma delegacia acompanhado de seu advogado e se apresentar para responder ao processo na prisão, mas acho difícil porque até agora isso não ocorreu. Pela experiência que tenho, se ele tivesse de se apresentar a polícia já tinha feito isso porque o resultado das investigações já estava bem definido desde o início quando descobrimos que ele tentou fraudar o local que a esposa foi agredida e também prestou depoimento mentindo, que ela havia caído de forma natural dentro do banheiro do quarto do hotel”, disse Albuquerque.
A Justiça potiguar decidiu determinar a prisão preventiva de Paes depois que a polícia informou que a família da jovem contou a polícia de Osasco que estava se sentindo intimidada por familiares do viúvo, que teriam cercado várias vezes a casa que a mãe e a irmã de Fabiana moram no interior de São Paulo.
Outro ponto observado pela Justiça foi que após a morte de Fabiana o viúvo “tentou fraudar provas” para que a polícia não descobrisse que a verdadeira causa da morte dela.
O caso
Alexandre Paes e a mulher Fabianna Cargianno Paes estavam em Natal com a família para passar o Réveillon. No dia 28 de dezembro, Paes pediu ajuda de funcionários do hotel porque a esposa “havia sido encontrada caída dentro do box do banheiro desmaiada”.
A mulher foi socorrida pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) para o hospital da Unimed e, logo, transferida para UTI, pois Fabiana havia sofrido várias paradas cardiorrespiratórias. No dia 2 de janeiro, Fabiana morreu e o marido foi ao SVO tentar liberar o corpo da mulher sem o atestado de óbito para ser cremado em João Pessoa. Por causa da insistência dele, a polícia foi acionada e iniciou o processo de investigação contra Paes.
Durante depoimento prestado à polícia, Alexandre contou a versão de que havia encontrado a mulher caída dentro do box do banheiro do quarto do hotel que estavam hospedados. A versão dele foi derrubada depois que a polícia colheu depoimentos de testemunhas que ouviram barulhos semelhantes a uma briga vinda do quarto do casal e também pelas análises do local que Fabiana foi encontrada.
“Os vidros do box do banheiro ficaram no chão sem rastro que Fabiana foi arrastada e também ela não estava com o corpo e os cabelos molhados, o que caracterizariam que ela estava tomando banho quando ocorreu o incidente”, disse o delegado.
O UOL não conseguiu achar o advogado do acusado.
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