Desabamento de píer no rio Amazonas deixa 6 desaparecidos no Amapá
Equipe do Corpo de Bombeiros do Amapá buscam seis pessoas desaparecidas após um acidente que ocorreu por volta da da meia-noite desta quinta-feira (28) na região portuária do município de Santana, a 24 km da capital Macapá.
Um desmoronamento teria ocorrido em parte do terreno onde se localiza o píer flutuante utilizado na atracação de navios que embarcam minério de ferro, e veículos e equipamentos em operação da empresa mineradora Anglo American foram parar no fundo do rio Amazonas, confirmou a companhia em nota oficial emitida hoje.
Duas caçambas e uma pá carregadeira teriam naufragado. Dos seis desaparecidos, três seriam funcionários da empresa e três terceirizados - ainda na madrugada, dois sobreviventes foram resgatados com vida. Parentes reclamam que não estão recebendo nenhuma informação da empresa.
Causas não identificadas
Ainda segundo a Anglo American, as causas do acidente estão sendo investigadas. No entanto, "informações iniciais atribuem o acidente a uma massa de água anormalmente grande que se moveu pelo braço do rio, pois outros portos localizados na região também foram afetados", informou a nota.
"Deve ter sido um fenômeno natural", disse Paulo Oliveira, assessor de comunicação da Anglo. Um policial que estava no porto na momento do acidente disse que a queda dos objetos movimentou a água do rio com muita força, o que fez com que duas catraias (que são pequenas embarcações) virassem.
Para o Corpo de Bombeiros, porém, ainda não é possível informar a causa do desabamento do píer. "Isso vai ser fruto de uma investigação. Não sabemos ainda se a onda teria causado o acidente ou se foi justamente a queda da estrutura que provocou a onda”, explicou o major Roberto Neri, do Corpo de Bombeiros.
De acordo com a corporação, as condições no local do acidente dificultam os trabalhos de busca. “A grande dificuldade está no número de ferragens no rio, além de uma massa de terra muito grande que deslizou. O acesso a essa parte está restrito”, informou Neri. Segundo ele, a empresa responsável pelo píer deve providenciar uma balsa com guindaste para retirar as ferragens e facilitar o acesso dos mergulhadores ao local.
No momento do acidente, a Anglo carregava um navio com 45 mil toneladas de ferro que seriam exportadas para a China. A embarcação saía de Santana rumo a Trinidad e Tobago, onde faria o transbordo do minério para outro navio que levaria a carga para a China. (Colaborou Fábio Luís de Paula, em São Paulo, e com Agência Brasil)
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