Dez pessoas são presas por suspeita de corrupção em transporte alternativo no RJ

Dez pessoas foram presas, entre funcionários do Detro (Departamento de Transportes Rodoviários do Rio de Janeiro), policiais militares e responsáveis por cooperativas de transporte alternativo, durante operação realizada, na manhã desta sexta-feira (10), por policiais da Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo, na Região do Lagos, no Rio de Janeiro. A ação tinha como objetivo prender integrantes de uma quadrilha de criminosos que atuam no transporte alternativo da área.

Segundo a polícia, os agentes descobriram que os criminosos agiam em Araruama, Saquarema, Iguaba, São Pedro D’ Aldeia e outras cidades da região dos Lagos e que estariam envolvidos em diversos crimes, como homicídios, extorsões, lesões corporais, ameaças, formação de quadrilha armada, além de corrupção ativa e passiva.

"Esse esquema alimenta a corrupção de servidores públicos, um dos cânceres da nossa sociedade, proporcionando o recebimento de valores sujos, indevidos", diz o parecer do promotor Salvador Bemerguy, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), órgão do Ministério Público do Rio de Janeiro.

Os policiais cumprem 19 mandados de prisão expedidos pela Vara Criminal de Araruama contra cinco funcionários do Departamento de Transportes Rodoviários do Rio de Janeiro (Detro), cinco policiais militares cedidos ao Detro, dois PMs lotados no 25ºBPM, além de sete responsáveis por cooperativas ilegais. Na ação também serão cumpridos 11 mandados de busca em vários municípios.

A operação, que tem apoio de sete delegacias especializadas, seis delegacias do interior, além da Corregedoria da Polícia Militar, atua na cidade do Rio, no município de Duque de Caxias e cidades da Região dos Lagos.

Estupro

No começo do mês, uma turista norte-americana de 21 anos foi estuprada dentro de uma van irregular no Rio de Janeiro. O namorado dela, um francês de 23 anos, foi agredido, e o casal foi assaltado.

Eles seguiam de Copacabana, na zona sul, para a Lapa, no centro. Após o caso, o prefeito Eduardo Paes (PMDB) proibiu o uso de película escura nas vans que circulam pela capital fluminense.