Quadrilha suspeita de adulterar leite é presa em Goiás
Uma quadrilha suspeita de furtar e adulterar leite na região sul de Goiás foi presa neste domingo (19) em Morrinhos (125 km de Goiânia), depois de seis meses de monitoramento pela Polícia Civil. Pelo menos sete pessoas faziam parte do esquema, que seria liderado por Humberto Pereira Oliveira, 48.
A polícia afirmou acreditar que o crime era cometido havia vários anos, mas não soube precisar quantos. O grupo fazia a adulteração de aproximadamente 10 mil litros por semana com água, sal e açúcar, além de armazenar o produto em condições inadequadas de higiene, segundo a polícia.
De acordo com o delegado Rilmo Braga, o líder do bando mantinha os demais como seus motoristas trafegando pelas principais linhas e rotas leiteiras da região. Na fazenda de Oliveira foram apreendidos 690 quilos de açúcar, 75 quilos de sal e centenas de litros da mistura usada por ele na adulteração do leite, que era revendido a laticínios clandestinos.
A estimativa de uma cooperativa, principal vítima do crime, é de que o prejuízo seja de mais de R$ 60 mil por mês. Outros suspeitos ainda estão sendo investigados e podem ser identificados nas próximas horas. Também foram presos Liomar Fernandes Rodrigues, 39; Leandro Jose de Souza, 37; Júlio César Silva, 22; Weider Aleixo Silva, 25; José Roberto Paulo de Souza, 22; e Gilciene Elias da Costa, 38.
A polícia chegou até os suspeitos após receber uma denúncia do Sindleite (Sindicato das Indústrias de Laticínios do Estado de Goiás). Na denúncia constava que Complem, Laticínio Bela Vista, Marajoara, Italac e outros eram vítimas da quadrilha havia algum tempo. Segundo as investigações, todo o país pode ter recebido os produtos.
Até a conclusão deste texto, no final da manhã desta segunda-feira (20), os suspeitos não haviam se manifestado sobre as acusações nem constituído defesa que pudesse falar por eles.
No Sul
No início do mês, uma operação realizada no Rio Grande Sul fechou empresas suspeitas de adulterarem a composição do leite antes de realizar a entrega à indústria. Elas incluíam água e ureia na composição do produto de diversas marcas.
Neste caso, 10% de água com ureia era adicionado na composição do leite para aumentar o volume. Para que a ureia não derretesse, os suspeitos ainda colocavam formol, que é considerado cancerígeno pela OMS (Organização Mundial de Saúde).
A Italac foi um dos laticínios apontados como adulteradores de leite no Rio Grande do Sul, e está na lista dos que recebiam o leite irregular de Morrinhos. A empresa diz acreditar que seria apenas mais uma vítima do esquema.
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