Pais de menino baleado em Goiás podem perder a guarda do filho

Os pais do menino de dois anos de idade atingido no rosto por um tiro disparado pelo próprio pai, na semana passada, em Anápolis (55 km de Goiânia), podem perder a guarda do filho. A recomendação foi feita pelo Conselho Tutelar da cidade.

Desde que recebeu alta do Hospital de Urgências, no último domingo (19), onde passou por um cirurgia para retirada da bala, que ficou alojada na face, a criança está na casa da avó paterna com os pais. Eles deixaram o endereço onde moravam, no residencial Santo Expedito, logo após o fato.

Lucas Francisco Pires, que afirma que a arma teria disparado acidentalmente, e a mulher não quiseram se pronunciar sobre a possível perda da guarda dos filhos, já que o conselho orientou à avó que também pedisse para cuidar da outra neta, de um ano.

O Conselho Tutelar entendeu que a forma como vive a família não transmite segurança para as duas crianças. Josué Gonçalves, conselheiro que fez o encaminhamento do caso, disse acreditar que, com a avó, os dois poderão ser mais bem cuidados.

O advogado dos pais da criança, Wilton Martins, não foi localizado até a conclusão deste texto, no começo da tarde desta terça-feira (21), para comentar qual procedimento deve adotar.

Até o momento, as investigações apontam que a criança foi baleada acidentalmente pelo pai. A arma teria disparado em direção ao chão e depois atingido o rosto do garoto, próximo ao olho. A expectativa dos médicos é de que o menino fique apenas com uma cicatriz por causa da retirada do projétil.