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Condenado pela morte de Eliza Samudio, Bola depõe em processo de assassinatos em Minas Gerais

O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, participa de seu julgamento, em abril deste ano, no Fórum de Contagem (MG) - Bernardo Salce/Agencia i7
O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, participa de seu julgamento, em abril deste ano, no Fórum de Contagem (MG) Imagem: Bernardo Salce/Agencia i7

Rayder Bragon

Do UOL , em Belo Horizonte

21/06/2013 11h21

O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, condenado a 22 anos de prisão pela morte de Eliza Samudio, será interrogado na tarde desta sexta-feira (21) no fórum de Esmeraldas (região metropolitana de Belo Horizonte), por ser réu em processo sobre a morte de dois homens na cidade.

De acordo com o Ministério Público (MP), o ex-policial e outros três réus são acusados de terem assassinado as vítimas em 2008 em um sítio localizado na cidade mineira e que servia de treinamento para o extinto Grupo de Resposta Especial (GRE) uma força de elite da Polícia Civil de Minas Gerais. As vítimas tinham antecedentes criminais, e os corpos nunca foram localizados.

Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, a magistrada Cirlaine Maria Guimarães, da Vara de Esmeraldas, vai começar a ouvir os réus a partir das 13h e não permitiu que a imprensa acompanhe os trabalhos. O interrogatório de Bola e dos demais conclui a fase de instrução do processo. Em seguida, a juíza decide se pronuncia ou não os réus ao júri popular.

Processos

Em outro processo que tramita no Fórum Lafayette, em Belo Horizonte, o ex-policial é réu acusado de ser o responsável pela morte de um homem, em Venda Nova, na capital mineira. Bola teria sido contratado por um homem cuja mulher o traía com a vítima.

O crime ocorreu em 2009, e o ex-policial teria sido reconhecido por testemunhas depois de sua exposição na mídia por causa do caso Eliza Samudio. Uma audiência  está marcada para 23 de outubro deste ano. A defesa nega o envolvimento dele nos crimes de Esmeraldas e Belo Horizonte.

Absolvição

Em um processo em que figurava como réu por assassinato, Bola foi absolvido depois de enfrentar o júri popular sob acusação da morte de um ex-carcereiro, crime que ocorreu na cidade de Contagem, em 2000.

A juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, do 1º Tribunal do Júri de Contagem, foi quem presidiu o julgamento. A magistrada foi a responsável também pelo júri popular do caso Eliza Samudio.

Em novembro do ano passado, por quatro votos a dois, ele se viu livre da acusação de ter matado Rogério Martins Novelo. A magistrada tinha determinado um alvará de soltura para Bola, mas ele permaneceu preso por causa de mandado de prisão da acusação da morte de Eliza Samudio.

Atualmente, Bola cumpre a pena da condenação do assassinato da moça na penitenciária Jason Alves Albergaria, situada na cidade de São Joaquim de Bicas (região metropolitana de Belo Horizonte).