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Após protestos, Haddad cancela licitação dos transportes estimada em R$ 45 bi

Do UOL, em São Paulo

26/06/2013 12h50Atualizada em 26/06/2013 14h49

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), anunciou nesta quarta-feira (26), em entrevista ao "SPTV", que cancelou o processo de licitação para a contratação das empresas de ônibus que realizarão o serviço pelos próximos 15 anos e estimada em R$ 45 bilhões. A medida acontece após a série de protestos contra o aumento da tarifa do transporte público na capital paulista.

Haddad também anunciou uma série de medidas para o setor, como a promessa de instalar 220 quilômetros de corredores e faixas exclusivas de ônibus na cidade até o final deste ano, além da criação de um conselho municipal dos transportes com a participação da população, no qual deverá abrir planilhas e mostrar os custos do sistema. Entre as vias contempladas estão as marginais Tietê e Pinheiros e a avenida 23 de Maio, que vai ganhar a faixa no sentido centro/bairro.

O cancelamento da concorrência ocorre no momento em que a Câmara Municipal é pressionada para abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Transportes. Segundo o jornal "o Estado de São Paulo", a base aliada de Haddad tentava barrar em definitivo a criação da CPI.

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Segundo o prefeito, a administração municipal não podia assinar contratos de 15 anos sem a participação popular, em função do atual momento.

"Vou instalar o conselho com a presença dos usuários, movimentos sociais, empresários, Ministério Público e governo, abrindo a planilha para que as pessoas tenham a consciência dos custos que estão sendo enfrentados, para que tudo fique em pratos limpos. Determinei que nenhum contrato seja assinado, muito menos os de longo prazo, apenas a prorrogação dos atuais, para que a sociedade tenha segurança de que vai ser um contrato bom para a cidade", disse Haddad.

Haddad ainda aproveitou o anúncio para criticar indiretamente o tratamento dado aos transportes pela gestão anterior, de Gilberto Kassab (PSD).

"Já houve época em que o transporte era bem avaliado. De cinco anos pra cá, produzimos essa situação em função da perda de velocidade. A falta de investimento em corredores e faixas exclusivas deixou os ônibus empanturrados de pessoas e demorando para chegar em casa. Com a faixa exclusiva, o ônibus ganha velocidade", declarou.

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