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Grupo que diz ter acampado na frente da casa de Cabral tem reunião com governador

O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, recebe manifestantes no palácio Guanabara, em Laranjeiras - Julia Affonso/UOL
O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, recebe manifestantes no palácio Guanabara, em Laranjeiras Imagem: Julia Affonso/UOL

Julia Affonso

Do UOL, no Rio*

27/06/2013 14h53Atualizada em 27/06/2013 21h58

Um grupo de cinco pessoas que diz ter acampado na frente da casa do governador Sérgio Cabral (PMDB), no Leblon, zona sul do Rio de Janeiro, esteve no palácio Guanabara, em Laranjeiras, sede do governo, nesta quinta-feira (27), para uma reunião com o governador.

Na saída do encontro, um homem que se identificou como Eduardo Oliveira disse que o grupo não tinha uma pauta de reivindicações pronta para tratar com Cabral. "Pedimos um controle das manifestações e segurança, pois as pessoas não estão se sentindo seguras para se manifestar", disse ele. "Estamos tentando fazer uma ponte entre todos os que têm algo para falar e o governo."

Ele evitou falar com a imprensa e orientou todos que tivessem dúvidas sobre a conversa com o governador e os próximos passos do movimento entrassem no site do grupo, batizado de Somos o Brasil. O site, no entanto, não existe. Mesmo a página do Facebook, criada nesta quinta, não conta com nenhuma publicação além da descrição “Movimento Social Somos o Brasil”.

Na porta do palácio, o ator Vinícius Fragoso, 20, disse que Eduardo nunca acampou na porta da casa do governador e “é um infiltrado que está tentando desestabilizar o grupo”. Fragoso chegou ao local acompanhado de dois membros do grupo que permanece no Leblon.

"Ele [Eduardo] tentou convencer as pessoas de que o movimento já tinha acabado e que aquela não era uma luta do povo. Eles não falam por nós. São oportunistas que se aproveitaram a situação", disse Fragoso. "Nosso movimento não vai acabar, nós vamos continuar lá", afirmou o ator.

Direito de ir e vir

O encontro de Cabral com o grupo durou cerca de 1h30 e teve a presença dos secretários de Educação, Wilson Risolia; Saúde, Sérgio Côrtes; Casa Civil, Regis Fichtner; e do subsecretário de Educação de Gestão de Ensino, Antônio Neto.

No gabinete do governador, Eduardo leu uma carta na qual dizia que não era filiado a nenhum partido político e que havia saído da porta da casa de Cabral por respeitar o direito de ir e vir.

Segundo Fragoso, o grupo que permanece no Leblon vai aprontar uma pauta para depois procurar o governador. “Queremos encontrar o governador, mas ainda não temos data para isso. Não queremos reunião a portas fechadas e sim uma audiência pública", disse.

*Colaborou Paula Bianchi