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Comandantes do Bope e da PM na Maré depõem sobre operação que deixou 10 mortos no Rio

Durante a tarde de terça-feira, cerca de 50 moradores protestaram contra a ação do Bope na favela - Bruno Gonzalez/Extra/Agência O Globo
Durante a tarde de terça-feira, cerca de 50 moradores protestaram contra a ação do Bope na favela Imagem: Bruno Gonzalez/Extra/Agência O Globo

Carolina Farias

Do UOL, no Rio

28/06/2013 14h40Atualizada em 28/06/2013 14h49

Os comandantes do Bope (Batalhão de Operações Especiais) da Polícia Militar do Rio de Janeiro, Renê Alonso, e do 1º CPA (Comando de Policiamento de Área), José Luís Castro Menezes, prestaram depoimento na DH (Divisão de Homicídios), na Barra da Tijuca, zona oeste da cidade, nesta sexta-feira (28). A delegacia investiga as dez mortes ocorridas na favela Nova Holanda, no Complexo da Maré, durante uma operação policial entre a noite de segunda (24) e a tarde de terça-feira (25).

O titular da divisão, Rivaldo Barbosa, explicou que quer entender como os batalhões foram chamados para operação na comunidade. "Quero entender em qual contexto eles foram chamados. Se for necessário ouvir todos os policiais dos batalhões eu vou ouvir", disse Barbosa.

O delegado vai na tarde desta sexta (28) ao Hospital Federal de Bonsucesso ouvir os três feridos que ainda estão internados. Barbosa também informou que os depoimentos vão continuar durante o fim de semana. Ele pediu ainda celeridade nos resultados dos laudos da perícia.

Além de ouvir os policiais, o delegado pretende ouvir familiares dos mortos e feridos, que ainda não compareceram à delegacia. "É importante que essas pessoas venham", disse Barbosa.

A Polícia Militar entrou na comunidade no fim da tarde de segunda-feira, em busca de homens que aproveitaram uma manifestação nas proximidades para promover arrastão, roubando mercadorias de lojas e assaltando motoristas que passavam pela avenida Brasil. Entre os mortos, estão um policial do Bope e outros três moradores que não tinham antecedentes criminais.