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Governo manda investigar evolução do patrimônio de policiais do Denarc

Fabiana Maranhão

Do UOL, em São Paulo

18/07/2013 06h00

O governo estadual solicitou que seja investigada a evolução do patrimônio dos 13 policiais do Denarc (Departamento Estadual de Repressão ao Narcotráfico) de São Paulo que são investigados por suposto recebimento de propina de traficantes.

O pedido foi feito à CGA (Corregedoria Geral da Administração), que abriu investigação na terça-feira (16). Segundo a Casa Civil, a CGA solicitou à Polícia Civil e órgãos como a Receita Federal informações relativas ao patrimônio declarado pelos investigados.

"Se a Corregedoria considerar que o patrimônio deles é incompatível com os rendimentos, eles terão dez dias para justificar o crescimento. Se não conseguirem, poderão ser punidos no âmbito administrativo", informa a Casa Civil. Os policiais podem ser exonerados do serviço público.

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Propina de R$ 300 mil

Ação conjunta da Corregedoria da Polícia Civil e do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público investiga 13 policiais --11 da capital e dois de Campinas (SP)-- suspeitos de receberem pagamento mensal de traficantes , além de um valor anual, que chegava a R$ 300 mil.

Até agora nove policiais do Denarc, sendo sete investigadores e dois delegados, foram presos. Sete foram detidos na segunda-feira (15), quando a operação conjunta foi deflagrada. Entre eles, o chefe da Inteligência do Denarc, Clemente Calvo Castilhone Júnior.

Outros dois, Gilson Iwamizu dos Santos, 39, e Jandre Gomes Lopes de Souza, 39, se entregaram na sede da Corregedoria da Polícia Civil,em São Paulo, nesta quarta-feira (17), segundo a SSP  (Secretaria de Segurança Pública). Quatro ainda estão foragidos. Todos tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça.  

De acordo com o Ministério Público, os policiais presos irão responder por formação de quadrilha armada, roubo, tortura e extorsão mediante sequestro.

Após a operação, a Secretaria da Segurança Pública divulgou que o Denarc vai passar por reestruturação.

Dos 13 policiais do Denarc investigados, três são acusados pelo assassinato de um jovem, ocorrido em setembro de 2008 em Guarulhos, na Grande São Paulo.

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