Mulher é presa acusada de intermediar adoção ilegal de criança em Minas Gerais
Uma mulher foi presa em flagrante pela Polícia Civil mineira por ter tentado mediar a doação ilegal de um recém-nascido na cidade de Betim, localizada na região metropolitana de Belo Horizonte. A polícia afirmou nesta quarta-feira (11) que apura se ela faz parte de um grupo especializado em tráfico de crianças.
Segundo as investigações, Eliane Azzi, 37, é suspeita de ter tentado retirar a criança do Hospital Regional de Betim após o parto. A mãe biológica, Janaína Resende Carvalho, 24, apresentou documentos falsos em nome de Selena Castiel Gualberto Lima e, além de ter se recusado a amamentar o filho, não conseguia lembrar o nome de parentes. O fato chamou a atenção de funcionários e médicos do local, que acionaram a polícia. Janaína está internada para se recuperar do parto.
Conforme o delegado Tito Lívio Barichello, da 3ª Delegacia de Betim, a mãe havia postado em um blog, durante a gestação, a intenção de doar a criança por não ter condições de criá-la.
Ela teria sido contatada pelos suspeitos, que passaram então a orientá-la, principalmente por mensagens via SMS, sobre qual procedimento adotar no hospital para não levantar suspeitas. A verdadeira dona dos documentos apresentados pela mãe biológica do bebê está sendo procurada pela polícia. Ela seria a responsável por bolar a trama para tentar levar embora a criança por intermédio de Eliane, de acordo com dados repassados pela polícia, e residiria em um Estado do Nordeste.
Segundo o delegado, a mãe teria apresentado os documentos falsos para que a Declaração de Nascido Vivo do bebê fosse feita em nome de Selena. Posteriormente, ainda segundo o delegado, a Certidão de Nascimento seria confeccionada com base no documento emitido pelo hospital.
Durante a sua apresentação à imprensa, Eliane Azzi não quis comentar o caso. O UOL tentou entrar em contato com advogado dela, mas não obteve retorno. A suspeita está presa no Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) Gameleira, em Belo Horizonte.
Conforme a polícia, a mãe biológica não será detida. Inicialmente, ela vai responder ao processo em liberdade e negou ter recebido dinheiro para entregar o filho, que será encaminhado para a adoção.
Por meio da assessoria de imprensa da Polícia Civil, o delegado afirmou que começará a ouvir os funcionários do hospital, além de ter requisitado as gravações de câmeras de segurança da unidade hospitalar para serem periciadas.
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