Polícia e Ministério Público do Trabalho investigam desabamento de prédio em Guarulhos (SP)
A Polícia Civil instaurou nesta terça-feira (3) um inquérito para investigar as causas do desabamento de um prédio de cinco andares na Vila Augusta, em Guarulhos (SP). O MPT (Ministério Público do Trabalho) também começou a investigar o caso.
Local do acidente
O delegado substituto do 5º DP de Guarulhos Geraldo Martim Maracajá esteve hoje no local do desmoronamento.
"Esperamos a conclusão dos trabalhos dos bombeiros para começar a colher os depoimentos dos envolvidos no caso", afirmou. Segundo ele, devem ser ouvidos trabalhadores da construção, responsáveis pela obra, além de testemunhas.
O delegado deve solicitar a documentação da obra aos órgãos responsáveis. Ainda de acordo com ele, a perícia no lugar só poderá ser feita depois que o Corpo de Bombeiros terminar as buscas.
Busca por desaparecido
Mais de 50 homens do Corpo de Bombeiros trabalham desde a noite da segunda-feira (2) em busca do operário Edenilson Jesus dos Santos, desaparecido após o desabamento de uma obra em Guarulhos. A procura tem sido feita de forma manual e conta com a ajuda de cães farejadores e de uma retroescavadeira.
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O prédio em construção, localizado na avenida Presidente Humberto de Alencar Castelo Branco, 1987, desabou por volta das 19h20 de segunda-feira. O edifício de oito pavimentos --cinco andares, um térreo e dois subsolos-- não estava concluído.
Segundo a Prefeitura de Guarulhos, a empresa responsável pela obra, Salema Comércio, Construção e Projetos Ltda, tinha alvará de construção emitido em 23 de novembro de 2012 para a construção de prédio residencial de 30 apartamentos e dois salões comerciais.
Denúncias de irregularidades
O pedreiro Edvaldo Jesus dos Santos, irmão do operário que está desaparecido, afirmou que já havia observado rachaduras na construção. "Vivíamos restaurando os pilares do prédio por causa de rachaduras. A gente falava para o encarregado, mas ele parecia não dar muita importância. A gente também não dava", afirmou.
Construtora
O advogado Maurício Monteagudo, que representa a Salema Comércio, Construção e Projetos Ltda, afirmou nesta terça-feira que a empresa quer verificar a extensão dos danos e pretende indenizar eventuais vítimas. "Se houver vítimas, vamos ressarci-las".
Segundo Monteagudo, nenhum engenheiro responsável pela obra esteve no local após o acidente, mas representantes jurídicos da construtora estão acompanhando o trabalho de resgate. O advogado também declarou que a empresa irá apurar os problemas da construção e emitir um parecer técnico a respeito.
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