Aeroporto de Guarulhos registra problemas em mais da metade dos voos
Mais da metade dos voos que decolaram nesta sexta-feira (20) pré-Natal do Aeroporto Internacional de Guarulhos, administrado pelo consórcio Invepar/Airports Company South Africa (ACSA), tiveram problemas.
Dos 364 voos programados para decolar entre 0h e 21h, 192 atrasaram (52,74%) e 14 foram cancelados (3,8%), totalizando 140 voos com problemas (56,6% do total).
Já nos aeroportos administrados pela Infraero (estatal federal), houve problema em 610 dos 2.138 voos programados até 22h, o que representa 28,5% do total. Ao todo, 535 (25%) dos voos atrasaram e 76 (3,6%) foram cancelados.
DICAS E RECOMENDAÇÕES
- Atentar para o peso permitido da bagagem e dar preferência a malas e bolsas em bom estado de conservação e que estejam devidamente identificadas
- Certificar se está portando os documentos de menores que irão embarcar
- Evitar o uso de roupas e acessórios metálicos que possam ser interceptados pelo raio-x, como broches, cintos, brincos, pulseiras, relógios entre outros; Verificar moedas e smartphones
- Optar sempre que possível pelo check-in online ou então nos balcões de autoatendimento disponíveis no saguão
- O Guia do Passageiro, da Infraero (infraero.gov.br/fiquepordentro/#/home), reúne informações sobre viagens, direitos e responsabilidades do passageiro e da companhia área, além de explicações sobre o funcionamento do setor aéreo, além de dicas.
- O telefone da Anac (0800 725 4445) funciona 24 horas, com atendimento em português, inglês e espanhol. A Anac possui núcleos nos principais aeroportos no país.
- A Infraero implantou "lanchonetes populares” nos aeroportos Galeão, Congonhas, Santos Dumont, Salvador, Porto Alegre, Curitiba e Londrina, Recife, e Natal. Segundo a estatal, 15 itens são vendidos a preços mais acessíveis do que em lanchonetes particulares.
Segundo a Infraero, em dias normais, a média de voos atrasados é de 15% e de cancelados, 10%. A estatal e a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) consideram atrasados os voos que decolam mais de 30 minutos depois do previsto.
No aeroporto de Congonhas, em São Paulo, dos 238 voos programados, 60 atrasaram (25,2%) e 19 foram cancelados (8%). No terminal do Galeão, no Rio de Janeiro, dos 141 voos, 32 atrasaram (22,7%) e seis foram cancelados (4,3%).
Já no aeroporto Santos Dumont, também na capital fluminense, dos 166 voos previstos, 49 atrasaram (29,5%) e 24 foram cancelados (14,5%).
Um problema ocorrido hoje na rede elétrica da torre de controle do Santos Dumont, fez com que um voo da companhia aérea Gol, procedente de Congonhas, fosse desviado para o Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão, a fim de pousar com segurança.
Expectativa de recorde histórico
A expectativa da Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas) e da Infraero (estatal que administra os aeroportos) é que nesta sexta-feira (20) os aeroportos brasileiros registrem o maior número de passageiros da história, com 350 mil embarques ao longo do dia.
De acordo com a Abear, 95% dos bilhetes reservados já haviam sido confirmados até a tarde dessa quinta-feira (18). A associação informou que as companhias programaram as escalas de folga e de férias dos funcionários de modo a minimizar transtornos. Segundo a associação, 15 aeronaves reserva estarão disponíveis nos terminais.
Normalmente, a última sexta-feira antes do Natal registra a maior movimentação de passageiros. Neste final de ano, a Infraero projeta um aumento de 2,42% no fluxo de passageiros, em comparação ao ano passado, nos 63 terminais administrados pelo governo federal. A estimativa da estatal é que 26,27 milhões de pessoas passem pelos aeroportos.
Ontem, trabalhadores ligados ao Sindicato Nacional dos Aeronautas --que representa os tripulantes-- decidiram, em assembleia, aceitar a proposta das empresas aéreas e desistir da paralisação na véspera do Natal.
Hoje, será a vez dos trabalhadores ligados ao Sindicato Nacional dos Aeroviários --trabalhadores em solo-- se reunirem para decidir se paralisam ou não. O TST (Tribunal Superior do Trabalho), no entanto, determinou que, em caso de greve, 80% dos funcionários devem trabalhar.
Força-tarefa
O volume de passageiros na véspera do último Natal antes da Copa do Mundo e a ameaça de paralisação preocupa o governo federal. Segundo a coluna Painel da Folha de S.Paulo, a presidente Dilma Rousseff montou uma força-tarefa para monitorar os aeroportos e obrigou o ministro Moreira Franco (Aviação Civil) a cancelar uma viagem aos Estados Unidos.
A movimentação nos aeroportos será monitorada pela Conaero (Comissão Nacional de Autoridades Aeroportuárias), formada pela Secretaria da Aviação Civil, pelos ministérios da Agricultura, Defesa, Fazenda, Justiça, Planejamento e Saúde e pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).
Nos últimos dias, Moreira Franco conversou com Dilma e fez encontros com representantes dos aeronautas e das empresas aéreas na tentativa de impedir uma paralisação. Ontem, o ministro esteve no aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, para inaugurar o novo serviço de táxis do terminal e uma linha de ônibus do aeroporto até a Cinelândia, no centro da cidade.
A Infraero informou que reforçou a presença de funcionários nos saguões dos aeroportos e nos balcões de informação. Os serviços de manutenção, limpeza e segurança também foram reforçados, segundo a estatal.
Já a Anac promete reforçar a fiscalização nos principais aeroportos do país. Nos terminais de Guarulhos, Galeão e Brasília, a fiscalização será feira durante 24 horas nesta sexta. Nesta quinta-feira, dos 2006 voos domésticos realizados em todo o país, 470 (23,4%) atrasaram e 87 (4,3%) foram cancelados.
Os aeroportos de Guarulhos e Brasília, administrados por grupos privados, esperam um aumento de 10% no volume de passageiros neste final de ano em comparação a 2012. Segundo as concessionárias, haverá reforço no número de funcionários nesta sexta-feira.
“Época de gargalo”
Para o brigadeiro Adyr da Silva, ex-presidente da Infraero e atual presidente do Instituto dos Transportes Aéreos do Brasil, o país vive uma “época de gargalo” nos aeroportos. “A demanda por voos continua muito maior do que a capacidade.”
Silva, que também é professor da UnB (Universidade de Brasília), o sistema “opera no limite da capacidade” e qualquer falha pode provocar um tumulto em grande escala. A situação, diz ele, só irá melhorar quando as obras atuais ficarem prontas. “Apenas no final de 2014 ou em 2015 vamos começar a sentir os efeitos dos investimentos recentes.”
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