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Paulistas vetam topless na praia, mas tirariam biquíni e sutiã em protesto

Gabriela Fujita

Do UOL, no Guarujá (SP)

08/01/2014 07h56

O biquíni pode até ser pequeno e esconder pouco, mas tirar a parte de cima e fazer topless, “aí, não”, dizem muitas das paulistas que passam férias no Guarujá, na Baixada Santista (SP). A exceção ficaria para situações em que a prática (sem blusa, sutiã ou equivalente) funcione como um gesto de protesto, mas isso “depende da causa”, afirmaram à reportagem do UOL algumas das frequentadoras da praia da Enseada.

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  • http://noticias.uol.com.br/enquetes/2014/01/08/voce-e-a-favor-da-possibilidade-de-fazer-topless-em-qualquer-praia-do-litoral-brasileiro.js

Seja por vergonha, receio de incomodar ou medo do assédio indesejado, muitas mulheres rejeitam a ideia da seminudez. Há quem se ache fora da idade “ideal” para ficar mais à vontade, há quem siga regras religiosas que não admitem o topless, e também há aquelas que veem nas praias de nudismo o local mais adequado para as que desejam tirar o biquíni (embora o Estado de São Paulo não tenha praias assim, de acordo com a Federação Brasileira de Naturismo).

"Eu tenho dois filhos, acho que ficaria constrangida", diz a dona de casa Danielle Xavier, moradora do Guarujá, sobre os motivos pelos quais não faria topless.

Em dezembro, cariocas fizeram "Toplessaço"
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Favorável à prática, a técnica de enfermagem Joselita do Nascimento, de Campinas, conta que já teve vontade, mas não coragem, de tomar sol sem a parte de cima do biquíni. “Falta alguém começar”, ela justifica.

Praias de nudismo pelo Brasil

  • Arte/UOL

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A hoteleira Camila Santana, da capital paulista, não deixaria os seios à mostra mesmo em um local onde isso fosse permitido, mas cogitaria expor parte do corpo em nome da igualdade de direitos civis, por exemplo, em protesto.

No mês de dezembro, dois eventos organizados no Facebook convidaram mulheres, homens e crianças para um “toplessaço” pela liberação do topless em praias do Rio de Janeiro e do Espírito Santo. A convocação foi aprovada por milhares de pessoas na rede social, mas atraiu poucas participantes e muitos curiosos, na prática.