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Cinco PMs são presos suspeitos de participar de chacina em Campinas

Eduardo Schiavoni

Do UOL, em Americana (SP)

29/01/2014 18h41Atualizada em 29/01/2014 21h30

A Polícia Civil de Campinas prendeu, na tarde desta quarta-feira (29), cinco policiais militares suspeitos de participarem da chacina que matou 12 pessoas entre a noite do dia 12 e a madrugada do dia 13 de janeiro em Campinas. Os nomes dos policiais não foram revelados.

  • Arte UOL

Três deles, detidos primeiro, foram levados à DIG (Delegaciade Investigações Gerais) da cidade, onde foram ouvidos pelas autoridades que investigam o caso. No fim da tarde, outros dois policiais foram localizados e presos. Todos foram levados à Corregedoria da Polícia Militar, na Capital.

Eles foram presos depois que uma testemunha prestou depoimento e afirmou ter visto os policiais executando uma das vítimas. Essa testemunha identificou os policiais e ajudou a força-tarefa da Polícia Civil a chegar a um dos presos, que acabou delatando os demais acusados.

Além da Polícia Civil, representantes do MP (Ministério Público), a Ouvidoria das Polícias de São Paulo e a Corregedoria da Polícia Militar estão na delegacia seccional da cidade participando do interrogatório aos policiais.

Procurada, a SSP (Secretaria de Segurança Pública) confirmou as prisões dos cinco policiais e também que eles são suspeitos de terem participado da chacina.

“Eles são suspeitos de participar da série de mortes ocorridas em Campinas. O caso é investigado pela Polícia Civil - por meio do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e Departamento de Policia Judiciária de Campinas - e pela Corregedoria da Polícia Militar. As investigações continuam”, diz a nota.

A instituição informou ainda que uma entrevista coletiva será convocada para esta quinta-feira (30) para detalhar as prisões.

Depoimentos

Segundo a SSP (Secretaria de Segurança Pública), até o momento foram ouvidos 54 pessoas na investigação das chacinas, entre eles 12 policiais militares.

Na manhã de terça-feira (28), a polícia realizou uma busca para tentar encontrar as armas utilizadas na chacina, mas não houve sucesso.

Embora não comentem detalhes da investigação, a principal linha de investigação da polícia é que policiais tenham cometido os assassinatos para vingar a morte de um colega da corporação morto durante um assalto a um posto de gasolina no dia anterior à chacina.