Com greve de ônibus, Fruet ameaça pedir prisão de presidentes de sindicatos
O prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet (PDT-PR), ameaçou nesta quarta-feira (26) pedir a prisão dos presidentes dos sindicatos das empresas e dos funcionários de ônibus se a greve dos motoristas e cobradores de ônibus for combinada, disse em entrevista à "RPC TV", afiliada da "TV Globo" no Paraná.
"Se esse jogo for combinado, eu vou pedir a prisão do presidente do sindicato das empresas e dos trabalhadores. É inaceitável a gente ouvir os depoimentos e ver a forma como isso está sendo conduzido", afirmou o prefeito.
Os motoristas e cobradores de Curitiba e região metropolitana entraram em greve por tempo indeterminado nesta quarta-feira. A adesão à paralisação é de 100%, segundo o Sindimoc (Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba). A greve afeta 2,3 milhões de pessoas.
Os trabalhadores pedem aumento salarial real de 16% para motoristas e 22% para cobradores, entre uma lista de 77 reivindicações, que inclui aumento do vale-alimentação.
"Nós temos toda a responsabilidade em ajudar os trabalhadores a ter reposição salarial. No ano passado garantimos 10,5% [de reajuste], bem acima do INPC [ Índice Nacional de Preços ao Consumidor], mas estamos sendo pressionados por um sistema que não se sustenta mais economicamente", disse Fruet.
Em nota, o Setransp (Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana) adiantou que não tem como atender ao pedido dos grevistas. A proposta das empresas é corrigir o salário dos trabalhadores pela inflação.
Gustavo Fruet afirmou ainda que atender integralmente às reivindicações dos funcionários das empresas de ônibus implicaria em um aumento de R$ 0,70 na tarifa de ônibus, que subiria de R$ 2,70 para R$ 3,40.
"Eu não vou permitir o aumento a R$ 3,40. [...] Nesse momento, eu vou segurar ao máximo os R$ 2,70 [tarifa atual]. Não haverá aumento hoje e antes do carnaval e até a semana que vem", garantiu o prefeito de Curitiba.
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