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Com cheias do Madeira, Acre importa 2.000 toneladas de produtos do Peru

Morador de Rio Branco usa barco para atravessar região alagada da cidade - Odair Leal/Reuters
Morador de Rio Branco usa barco para atravessar região alagada da cidade Imagem: Odair Leal/Reuters

Ana Cristina Campos

Da Agência Brasil, em Brasília

24/03/2014 16h08

Cerca de 2.000 toneladas de produtos peruanos chegaram ao Acre desde o fim da semana passada, logo após resolução da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que autorizou empresas acrianas a fazer o transporte de mercadorias procedentes do Peru, pelo prazo de 90 dias. Com a cheia do Rio Madeira, o estado está isolado, por via terrestre, do restante do Brasil.

Com a medida da ANTT, segundo o governo estadual, o comércio entre o sul do Peru e o Acre, que ocorria timidamente, se intensificou nos últimos dias. Carretas com cimento, vergalhões, farinha de trigo, hortifrutigranjeiros e oxigênio hospitalar chegaram ao Acre passando pela Rodovia Interoceânica.

Antes, o oxigênio utilizado nas unidades de saúde chegava em voos da Força Aérea Brasileira. No último sábado (22), o primeiro carregamento, com 15 mil metros cúbicos do produto, passou pela fronteira em Assis Brasil. Os alimentos, incluindo hortifrutigranjeiros, podem ser encontrados o comércio no estado.

A estimativa é que o prazo de 90 dias, estipulado pela ANTT, seja estendido, porque o Rio Madeira não para de subir e não há previsão de abertura da BR-364, no trecho que liga Rio Branco a Porto Velho, que está com o tráfego de caminhões interrompido. A interdição ocorre devido ao aumento da lâmina d'água sobre a pista, que alcança 1,40 metro.