Muro construído em rua que dá acesso à rodovia Anhanguera causa reclamações

Um muro construído pelo dono de um posto de gasolina no meio de uma rua que dá acesso à rodovia Anhanguera, em Limeira (a 151 km de São Paulo), tem causado reclamações de quem passa pelo local. A obra foi concluída há três meses e, segundo o proprietário, está de acordo com as normas da administração da cidade. Consultada, no entanto, prefeitura disse que o muro é irregular e que o dono está sujeito a multa. Motoristas afirmam que a obra gerou risco de acidentes.

O muro fica na rua Ângelo Santa Rosa, localizada às margens da Anhanguera, sentido Interior-Capital, no km 146. No local, há uma saída da rodovia e uma área que é utilizada pelos motoristas como ligação entre a rua e a rodovia. Essa área fica na entrada do posto.

Quem passa pelo local com frequência afirma que há risco de acidentes por conta do muro. “Esse ponto sempre foi acesso da rodovia para a cidade. Agora, quem sai da rodovia para fazer o retorno fica parado no acostamento aguardando o fluxo de veículos. É um perigo danado”, disse o vendedor Luiz Augusto Ramos, 36. “Antes, a rua era larga. Agora, mal passa um carro de cada vez. O congestionamento fica grande”, disse.

O advogado Euclides Romero, dono do posto, informou inclusive que já recebeu uma multa da prefeitura –ele não disse o valor, mas que irá recorrer. Segundo ele, essa é uma rua sem saída. “Como está aberto, as pessoas usam, mas a área onde está o muro não deveria abrigar uma rua”, disse uma funcionária do posto, que não quis se identificar.

Romero, por sua vez, informou, em nota, que, anteriormente, havia um muro menor, que foi removido e, depois disso, o local passou a ser utilizado como rota alternativa. “A única diferença que esse muro novo tem em relação ao outro é a altura”, disse.

Apesar da explicação de Romero, equipamentos de localização por GPS apontam o local como sendo uma ligação entre a cidade e a rodovia.

Um comerciante que possui negócio nas proximidades do muro foi procurado pela reportagem e disse, sob condição de anonimato, que o muro atrapalha muito o tráfego e que ele já havia presenciado uma série de acidentes. “Ou eles fecham a rua de vez, ou tiram o muro. Do jeito que está, não pode ficar. É perigoso demais”, disse.