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Com greve de servidores, lixo se acumula nas ruas de Belo Horizonte

Com greve de servidores, o serviço de coleta seletiva e de lixo comum foi o primeiro a ser afetado - Carlos Eduardo Cherem/UOL
Com greve de servidores, o serviço de coleta seletiva e de lixo comum foi o primeiro a ser afetado Imagem: Carlos Eduardo Cherem/UOL

Carlos Eduardo Cherem

Do UOL, em Belo Horizonte

06/05/2014 20h17

Os funcionários da Prefeitura de Belo Horizonte iniciaram nesta terça-feira (6) uma paralisação, por tempo indeterminado, após assembleia realizada na praça da Estação, centro da capital mineira, no início da tarde. A prefeitura não informou o número de funcionários que entraram em greve e o Sindibel (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte), também não informou quantas pessoas aderiram à paralisação.

Os serviços de coleta seletiva e de lixo comum foram os primeiros prejudicados, com o lixo acumulando nas ruas da capital mineira. De acordo com a SLU (Superintendência de Limpeza Urbana), 60 % do lixo reciclado e comum não foi coletado nesta terça-feira, em Belo Horizonte. Ainda de acordo com a SLU, nas regiões centro, sul e leste, a coleta de lixo reciclado e comum foi totalmente interrompida.

Os empregados terceirizados da SLU, que haviam ensaiado uma paralisação há duas semanas, se juntaram ao movimento e também decidiram pela greve.

Os funcionários pedem 15% de reajuste salarial e aumento do vale-alimentação para R$ 28, além de reivindicações específicas de cada categoria. Além do pessoal de limpeza urbana, aderiram ao movimento, profissionais das áreas de saúde, educação, administrações regionais e fiscalização.

A Prefeitura mantém sua proposta de 5,56% de reajuste nos salários, a partir de outubro deste ano, e aumento de R$ 1 no vale-alimentação, também em outubro.
Após a assembléia, portando faixas e acompanhados por carros de som, os funcionários fizeram passeata pelas ruas do centro de Belo Horizonte e encerram a caminhada com um protesto em frente à Prefeitura Municipal, na avenida Afonso Pena.

De acordo com o Sindibel, as propostas da Prefeitura são insatisfatórias porque não repõem as perdas com a inflação. O Sindibel diz ainda que, dos 45 mil funcionários da Prefeitura, 36% (cerca de 15 mil pessoas) tem remuneração variando entre R$ 1 mil e R$ 2 mil, enquanto aproximadamente 1% (cerca de 600 pessoas) têm remuneração superior a R$ 15 mil.