Sindicato orienta lojas em MG a fechar portas e guardar estoque na Copa
Numa tentativa de se proteger contra atos de vandalismo, agências bancárias, lojas e prédios no entorno da praça Sete, no centro de Belo Horizonte, principal palco das manifestações de rua na capital mineira durante a Copa das Confederações, estão recebendo tapumes de metal. No início desta semana, operários trabalharam na instalação dessas placas no entorno da praça.
Nesta terça-feira (20), após reunião com o comando de policiamento da capital e da Polícia Militar de Minas Gerais, a direção do Sincodiv (Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Minas Gerais) recomendou formalmente que, para evitar prejuízos durante a Copa do Mundo, as concessionárias devem fechar as portas e retirar os estoques das lojas durante os dias de jogo da Copa do Mundo.
De acordo com o Sincodiv, no ano passado, com as depredações de agências de carro, sobretudo na região da Pampulha, próxima ao estádio José de Magalhães Pinto (Mineirão), as concessionárias tiveram prejuízos estimados em R$ 16 milhões.
Situada no hipercentro de Belo Horizonte, transitam diariamente pela praça Sete cerca de 1,5 milhão de pessoas. Em épocas de campanhas eleitorais, é lá que os políticos, de todas as matizes políticas, encerram suas programações de rua. Também funciona como palco para o início e o fim de quase todos os protestos na cidade.
A sede do Banco Mercantil do Brasil, no quarteirão fechado da rua Rio de Janeiro, foi cercada por placas de metal e tapumes neste fim de semana. A instituição não comenta a iniciativa. De acordo com a assessoria de imprensa do banco, a agência e o prédio da matriz do Mercantil no entorno da praça Sete não tiveram prejuízos com os protestos de 2013.
Em duas lojas da empresa de telefonia Oi, também no entorno da praça Sete, nas ruas Rio de Janeiro e Tamoios, também foram colocadas placas de metais. A assessoria de imprensa da operadora não comenta a iniciativa e informa que as duas lojas são franqueadas.
A fachada de uma loja de cosméticos, também na rua Tamoios, recebeu placas de metal e tapumes. “A proteção de metal atrapalha as vendas porque esconde a vitrine. Mas é melhor vender menos do que perder todo o estoque”, afirma um vendedor da loja.
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