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Após depredação e paralisação, ônibus da Santa Brígida voltam a circular

Do UOL, em São Paulo

22/05/2014 10h06

Depois de um protesto que impediu que os coletivos da empresa Santa Brígida saíssem das garagens na manhã desta quinta-feira (22), em São Paulo, e após quatro de seus ônibus terem sido depredados no local, os veículos da companhia começaram, por volta das 9h40, a ir para a rua, de acordo com informações de funcionários que não quiseram se identificar.

Na Grande São Paulo, 12 cidades ainda estão com ônibus paralisados.

Um empregado da Viação Santa Brígida disse que "uns dez carros já saíram da garagem". "Primeiro saíram quatro, que tiveram as laterais danificadas e janelas quebradas. Mas depois os outros conseguiram sair normalmente", afirmou.

A polícia está no local para impedir novos atos de vandalismo contra os ônibus. Mesmo com o acordo entre motoristas e cobradores grevistas e o sindicato da categoria firmado na noite de ontem, diversos ônibus foram abandonados em ruas na zona norte de São Paulo, e alguns tiveram os pneus furados.
 

Na capital, hoje apenas os coletivos da viação Santa Brígida não circularam. Os funcionários alegam que o prefeito Fernando Haddad (PT) se recusa a participar das negociações entre sindicato e grevistas. A prefeitura alega que nenhum pedido de audiência foi feito e que não é seu papel intermediar relações trabalhistas.

A Santa Brígida é conhecida por não aderir às manifestações, além de não comparecer às assembleias do sindicato.

A cidade voltou a ter uma manhã complicada. Por volta das 8h30, foram registrados 143 km de congestionamentos, um recorde para o período da manhã neste ano, de acordo com a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego). Às 9h, o trânsito chegou a 158 km. O rodízio de veículos foi mantido pela prefeitura.

Ontem, sete terminais foram alvo de manifestações, ao longo do dia, de motoristas e cobradores em greve e acabaram encerrando as atividades mais cedo. Foi o segundo dia de caos no trânsito após uma greve pegou a população de surpresa na segunda-feira, apesar de o sindicato ter aceitado o acordo de reajuste com a prefeitura. Uma dissidência, aparentemente sem líderes, diz querer um reajuste maior.