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Senado aprova periculosidade de 30% para motoboys; Dilma precisa sancionar

Mariana Jungmann

Da Agência Brasil, em Brasília

28/05/2014 21h58

O plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira (28) o projeto de lei que determina o pagamento de adicional de periculosidade para os motoboys.

A proposta, que altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), determina que os brasileiros que usam a moto para trabalhar com o transporte de passageiros e mercadorias, como mototaxistas, motoboys e motofretes, recebam dos patrões um adicional de 30% sobre o salário.

O texto precisa ser sancionado pela presidente Dilma Rousseff para entrar em vigor.

O projeto tramitou por mais de dois anos no Congresso e sofreu algumas mudanças ao longo do período, como a ampliação das atividades de motociclistas que podem estar contempladas, a retirada de categorias específicas e a exclusão do trecho que incluía atividades relacionadas a serviços comunitários de rua entre as beneficiadas.

Os senadores aprovaram o texto lembrando que os motociclistas são os mais atingidos pelos acidentes de trânsito, e representam o maior número entre os mortos e os feridos mais graves.

“A profissão de motoboy tornou-se atividade de risco em todas as cidades brasileiras, principalmente nas grandes cidades”, alegou o relator da matéria na Casa, senador Romero Jucá (PMDB-RR).

O autor da matéria, senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), agradeceu aos colegas a aprovação do projeto em regime de urgência e disse esperar que os motoboys utilizem o adicional salário para comprar mais equipamentos de segurança, como casacos e capacetes melhores.