Topo

Operação prende 22 suspeitos de explosões de caixa eletrônico em Uberlândia

Material apreendido pelas polícias Civil, Militar e Federal durante a operação Gol de Placa, em Uberlândia - Polícia Federal/Divulgação
Material apreendido pelas polícias Civil, Militar e Federal durante a operação Gol de Placa, em Uberlândia Imagem: Polícia Federal/Divulgação

Renata Tavares

Do UOL, em Uberlândia (MG)

11/06/2014 15h39

Vinte e duas pessoas foram presas e dois menores foram apreendidos na operação Gol de Placa, em alusão à Copa do Mundo, feita pelas polícias Civil, Federal e Militar, em Uberlândia (537 km de Belo Horizonte), na manhã desta quarta-feira (11).

Eles são suspeitos de envolvimento com tráfico de drogas, de homicídio e de pelo menos quatro explosões a caixas eletrônicos na cidade.

Segundo o delegado federal Carlos Henrique Cotta D'Ângelo, a investigação durou seis meses e tinha como objetivo principal prender quadrilhas especializadas em explosões de caixas. "Durante o processo, concluímos que eles não fazem parte de uma só quadrilha. Eles atuam em vários ramos das esferas criminais e que fazem também investidas contra bancos. Eles se conhecem mutuamente e se unem, em alguns casos, para fazer essas explosões."

Entre os suspeitos, está o serralheiro Nilton Alves, 43. Ele seria o responsável pela fabricação dos explosivos usados pelos bandidos. Alves assumiu ter vendido alguns materiais para um dos envolvidos nos crimes, mas nega ter confeccionado os artefatos. "Não tenho nada a ver com isso. Me prenderam por engano. Eu só vendi uns tubos e nada mais", afirmou.

O delegado da Polícia Civil responsável pela operação, Eduardo Leal, disse que há provas contra o serralheiro e também contra um outro homem que vendia explosivos. "Nós temos inclusive todos os relatos da participação dele e também do fornecedor destes artefatos", conta.

As polícias também apreenderam cinco armas de fogo (três revólveres calibre 38 e duas pistolas semiautomáticas), documentos, três motos, celulares, um rádio comunicador e mais de R$ 2.000 em dinheiro. "Temos provas suficientes para atribuir a cada um a prova de cada delito. Sendo explosão de caixas, tráfico ou outro crime."

Tráfico de drogas

A Polícia Civil apresentou, durante o balanço da operação, um organograma do tráfico de drogas em um dos bairros da zona sul de Uberlândia, o São Jorge. Os suspeitos foram presos na manhã de hoje.

Entre eles, está Jenifer Aparecida Amaral, principal suspeita de chefiar o tráfico na região. O marido dela, Carlos Venâncio, era quem comandava, mas agora está preso em um presídio de São Francisco de Sá. "Era uma organização articulada e organizada. Eles tinham todas as informações de valores e investimentos da quadrilha."