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Oito pessoas são presas antes de jogo em BH

Polícia Militar cerca praça Sete, em Belo Horizonte, onde manifestantes se concentram em protesto contra a Copa - Isabela Noronha/UOL
Polícia Militar cerca praça Sete, em Belo Horizonte, onde manifestantes se concentram em protesto contra a Copa Imagem: Isabela Noronha/UOL

Carlos Eduardo Cherem

Do UOL, em Belo Horizonte

14/06/2014 13h57Atualizada em 14/06/2014 13h57

Cerca de 200 manifestantes que ocupam neste sábado (14) a praça Sete, a principal de Belo Horizonte, na confluência entre avenida Afonso Pena e avenida Amazonas, serão impedidos de saírem em passeata em direção ao Mineirão, onde é jogada a partida entre as seleções da Colômbia e Grécia.

“Oh Dilma qualé que é, me diz aí se vai ter Copa na Maré”, fazem coro os manifestantes.

“Da Copa, da Copa eu abro mão. Eu quero é transporte, saúde e educação”.

“Reprimir trabalhador para ter o que comer, que vergonha, que vergonha deve ser”.

“Ei Fifa, paga a minha tarifa”.

O aparato policial é grande. O trânsito está interrompido e cerca de 2 mil soldados da PM (Polícia Militar) de Minas Gerais e da Guarda Nacional no entorno da praça, além da cavalaria da PM.

Os manifestantes estão sitiados e só há uma saída: pela avenida Amazona, em direção à praça Rui Barbosa (da Estação). Não há tumultos e o protesto ocorre de forma pacífica, até agora.

Antes do início do jogo, às 13h, a PM prendeu oito manifestantes. De acordo com a corporação, um dos presos portava uma faca e, um outro, um coquetel molotov, foram também encontradas máscaras com esses manifestantes.

Durantes as buscas no centro da capital, que tiveram início na manhã deste sábado, foram encontradas uma bolsa e uma mochila abandonadas, com pedras.

Tropas da PM estão disposta no trecho de cerca de onze quilômetros da avenida Antônio Carlos, que liga o centro da cidade ao Mineirão. Os policiais se concentram em concessionárias de veículos, agências bancárias e postos de combustíveis.

Direito de ir e vir

Em nota, o MP (Ministério Público) de Minas Gerais recomendou aos comandantes do policiamento especializado, do policiamento da capital e do Batalhão Copa para que “sejam tomadas medidas para garantir o direito de ir, vir e permanecer e o livre exercício da profissão dos repórteres e jornalistas que estejam cobrindo qualquer evento, especialmente, no contexto de possíveis manifestações”.

Das 20 pessoas presas durante as manifestações da quinta-feira (12) em Belo Horizonte,  16 já foram soltas. Entre elas, a repórter da Mídia Ninja, Karinny Magalhães. A informação é Secretaria de Defesa Social de Minas Gerais.