Nível dos reservatórios do rio Paraíba do Sul, no RJ, chega a 5%
O nível do reservatório equivalente (que representa a média dos níveis das diferentes represas) do rio Paraíba do Sul chegou na quarta-feira (12) a 5%, segundo a ANA (Agência Nacional de Águas) - em novembro do ano passado este número beirava os 50%. Nesta quinta-feira (13), a prefeitura de São João da Barra, no norte fluminense, decretou situação de emergência por causa da estiagem e da seca.
Por causa da longa estiagem e seca, o rio está bem abaixo do normal, e favorece o avanço do mar e salinização da água na região, e obrigou a interrupção do abastecimento local diversas vezes. Principal fonte de abastecimento da cidade do Rio de Janeiro e da região metropolitana, a água do Paraíba do Sul abastece, no total, cerca de 9,5 milhões de pessoas no Estado.
Na semana passada o secretário estadual do Ambiente do Rio, Carlos Francisco Portinho, enviou um ofício à ANA (Agência Nacional de Águas) demonstrando preocupação de que a estiagem que atinge o sudeste do país e reduz a vazão do rio Paraíba do Sul se agrave no ano que vem e cause desabastecimento na capital e na região metropolitana do Estado.
No documento, o secretário questiona a agência sobre a quantidade de água que existe no volume morto do reservatório de Paraibuna e qual percentual poderia ser utilizado. O secretário também pede apoio da ANA na "elaboração e execução de um "plano de contingência”. Segundo a agência, "a solicitação está em análise, e o ofício em resposta será divulgado oportunamente".
O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), afirmou nesta segunda-feira (10) que acredita num "consenso com bom senso" para resolver a crise hídrica. Ele citou a audiência de conciliação sobre o abastecimento do Sistema Cantareira, marcada pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luiz Fux para o fim desse mês, como um caminho para se chegar a um acordo entre Rio, São Paulo e Minas Gerais acerca da captação de águas do Rio Paraíba do Sul, que banha os três Estados.
A ação era do Ministério Público Federal, que argumentou que as manobras oferecem riscos ao meio ambiente e à vida da população dos três Estados. Para o MP, as intervenções devem ser precedidas de estudos de impacto ambiental do Ibama e consulta pública à sociedade e é preciso decretar “calamidade hídrica” no Rio.
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