Topo

Nível dos reservatórios do rio Paraíba do Sul, no RJ, chega a 5%

A água do Paraíba do Sul abastece, no total, cerca de 9,5 milhões de pessoas no Estado do Rio - Mauro Pimentel/UOL
A água do Paraíba do Sul abastece, no total, cerca de 9,5 milhões de pessoas no Estado do Rio Imagem: Mauro Pimentel/UOL

Do UOL, no Rio

13/11/2014 17h43

O nível do reservatório equivalente (que representa a média dos níveis das diferentes represas) do rio Paraíba do Sul chegou na quarta-feira (12) a 5%, segundo a ANA (Agência Nacional de Águas) - em novembro do ano passado este número beirava os 50%. Nesta quinta-feira (13), a prefeitura de São João da Barra, no norte fluminense, decretou situação de emergência por causa da estiagem e da seca.

Por causa da longa estiagem e seca, o rio está bem abaixo do normal, e favorece o avanço do mar e salinização da água na região, e obrigou a interrupção do abastecimento local diversas vezes. Principal fonte de abastecimento da cidade do Rio de Janeiro e da região metropolitana, a água do Paraíba do Sul abastece, no total, cerca de 9,5 milhões de pessoas no Estado.

Na semana passada o secretário estadual do Ambiente do Rio, Carlos Francisco Portinho, enviou um ofício à ANA (Agência Nacional de Águas) demonstrando preocupação de que a estiagem que atinge o sudeste do país e reduz a vazão do rio Paraíba do Sul se agrave no ano que vem e cause desabastecimento na capital e na região metropolitana do Estado.

No documento, o secretário questiona a agência sobre a quantidade de água que existe no volume morto do reservatório de Paraibuna e qual percentual poderia ser utilizado. O secretário também pede apoio da ANA na "elaboração e execução de um "plano de contingência”. Segundo a agência, "a solicitação está em análise, e o ofício em resposta será divulgado oportunamente". 

O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), afirmou nesta segunda-feira (10) que acredita num "consenso com bom senso" para resolver a crise hídrica. Ele citou a audiência de conciliação sobre o abastecimento do Sistema Cantareira, marcada pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luiz Fux para o fim desse mês, como um caminho para se chegar a um acordo entre Rio, São PauloMinas Gerais acerca da captação de águas do Rio Paraíba do Sul, que banha os três Estados.

A ação era do Ministério Público Federal, que argumentou que as manobras oferecem riscos ao meio ambiente e à vida da população dos três Estados. Para o MP, as intervenções devem ser precedidas de estudos de impacto ambiental do Ibama e consulta pública à sociedade e é preciso decretar “calamidade hídrica” no Rio.