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Metade das 193 motos roubadas de depósito no Rio reaparece

Foram roubadas 193 motocicletas que estavam em um galpão do Detro, na zona norte do Rio. Cerca de cem criminosos teriam invadido o local na véspera do Réveillon, segundo a polícia - Pablo Jacob/Agência O Globo
Foram roubadas 193 motocicletas que estavam em um galpão do Detro, na zona norte do Rio. Cerca de cem criminosos teriam invadido o local na véspera do Réveillon, segundo a polícia Imagem: Pablo Jacob/Agência O Globo

Do UOL, no Rio

08/01/2015 10h51

Depois de uma semana do roubo de 193 motos de dentro de um galpão terceirizado do Detro (Departamento de Estado de Transportes Rodoviários), 97 delas reapareceram na noite de quarta-feira (8), segundo informações da Polícia Civil do Rio de Janeiro.

As motocicletas foram deixadas em circunstâncias não esclarecidas na porta do depósito, localizado em Fazenda Botafogo, na zona norte do Rio. A polícia investiga se as ações foram ordenadas pelo comando do tráfico de drogas na região.

Ontem (7), o delegado titular da 40ª DP (Honório Gurgel), Luiz Alberto Cunha de Andrade, responsável pelo inquérito, afirmou que a devolução das motos pode estar relacionada com a repercussão do crime e com o receio de que a Polícia Militar faria uma operação na região para recuperar os veículos.

"A verdade é que essa devolução está ocorrendo como consequência da informação de que a PM iria fazer um incursão na área para recuperar as motos roubadas. Foi o receio da operação que levou os moradores da comunidade a devolver os veículos ao depósito", afirmou ele.

No dia 31 de dezembro, traficantes da comunidade da Pedreira, em Costa Barros, também na na zona norte, conseguiram entrar no local e roubaram as 193 motocicletas. Segundo relatos de testemunhas, cerca de cem criminosos invadiram o galpão terceirizado. As motos foram colocadas até em bagageiros de carros.

De acordo com reportagem do jornal "Extra", que revelou o caso, a ação ocorreu a mando de Celso Pinheiro Pimenta, o "Playboy", suspeito de comandar a venda de drogas na Pedreira. No momento da invasão, os criminosos teriam usado mulheres e crianças como escudos humanos a fim de evitar reações da equipe de segurança do depósito.

O Detro argumentou que a responsabilidade é da empresa que administra o depósito, que, por sua vez, informou que vai concluir o levantamento de quais motocicletas foram levadas e contatar seus donos para "resolver a questão de modo consensual, que atenda aos interesses de ambas as partes". (Com Agência Brasil e Estadão Conteúdo)