Suspeitos de matar mulher e casal de gêmeos trocam acusações em entrevista
A Polícia Civil de Uberaba (437 km de Belo Horizonte) colocou frente a frente, na tarde desta sexta-feira (20), os principais suspeitos de envolvimento na morte da comerciária Izabella Marques Gianvechio, 22, e os gêmeos filhos dela de 40 dias, Ana Flávia e Lucas Alexandre Marques Gianvechio. Eles trocaram acusações sobre de quem teria sido a ideia de executar os três.
Matuzalém Ferreira Júnior, 49, considerado o mandante do crime, que foi preso na terça-feira (17), e o suspeito de ter atirado na mãe e nos gêmeos, Antônio Moreira Pires, conhecido como Pedrão, preso na tarde de quinta-feira (18) em uma fazenda de Sacramento (458 km de Belo Horizonte), se confrontaram diante as câmeras das emissoras de televisão e também dos delegados responsáveis pelo caso.
Segundo Antônio Pires, Ferreira Júnior o teria convidado para ir até Uberaba prometendo arrumar um emprego para ele como servente de pedreiro e que chegando no local foi informado do que se tratava o trabalho, mas que não o fez.
“Ele armou tudo para me incriminar”, afirmou Pedrão.
Já Ferreira Junior disse que o suposto atirador tinha usado drogas e que foi dele a ideia de assassinar a comerciária e os filhos.
“Eu sei que a verdade vai aparecer”, disse o suposto pai dos gêmeos.
Embora os dois tenham se confrontado e negado o crime, os delegados Ramon Bucci e Carla Bueno não têm dúvidas sobre a autoria e o mandante do crime.
“Os dois agiram juntos. Pedrão e Matuzalém vão responder por sequestro, triplo homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver”, disse Bueno.
Garota de programa
Durante a entrevista coletiva Ferreira Junior disse que Izabella era garota de programa e que ele a contratou duas vezes pelo telefone.
A mãe de Izabella, Ana Beatriz Ferreira Marques Gianvechio, 45, disse acreditar que o suspeito está tentando denegrir a imagem da filha e nega que ela fosse prostituta.
“Desculpa nenhuma justifica o que ele fez, mesmo se ela fosse garota de programa, não era motivo para ser assassinada como foi, nem meus netos. O último trabalho dela foi como atendente em uma loja de celular. Agora ele pode acusá-la do que quiser. Ela não está aqui para se defender, mas eu estou”, disse.
Ferreira Junior e Pedrão estão presos na penitenciária Aluízio Inácio de Oliveira em Uberaba, em celas individuais.
O inquérito que apura a morte da mãe e dos filhos gêmeos deve ser concluído, segundo os delegados, em 30 dias.
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