Obras de hidrelétrica inundam duas cidades no Amapá, diz governo
Moradores das cidades de Ferreira Gomes e Cutias, no Vale do Araguari, no Amapá, foram surpreendidos com alta no nível do rio Araguari, nesta quinta-feira (7), e tiveram imóveis alagados.
Segundo o governo do Estado, o rio subiu abruptamente após a EECC (Empresa de Energia Cachoeira Caldeirão), responsável pela construção da Hidrelétrica Cachoeira Caldeirão, abrir barreiras de contenção que compõe a estrutura de ensecadeira (espécie de barragem provisória) para a construção da barragem da hidrelétrica.
A ação influenciou no aumento dos reservatórios das hidrelétricas de Paredão e Ferreira Gomes que também tiveram de liberar a vazão com a abertura de comportas, o que impactou diretamente nos municípios de Ferreira Gomes e Cutias, informou o Estado.
A situação é mais crítica na comunidade Caldeirão, localizada na zona rural de Ferreira Gomes, segundo a Defesa Civil. O órgão ainda não contabilizou o números de desabrigados, mas informou que não há registro oficial de feridos ou mortos.
Uma força-tarefa de emergência formada pelo Corpo de Bombeiros, a Defesa Civil estadual, Polícia Militar, Secretaria de Inclusão e Mobilização Social e a Companhia de Água e Esgoto do Amapá presta assistência aos municípios atingidos.
O governo do Estado disse que não foi avisado previamente sobre a medida tomada pela empresa. A EECC não confirmou a informação.
A EECC confirmou que realizou abertura controlada na ensecadeira da segunda fase em decorrência do volume de água do rio Araguari, que registrou fortes chuvas na região. A medida ocorreu para permitir a passagem das águas do rio.
Apesar da inundação nas cidades, as “atividades de construção da UHE Cachoeira Caldeirão prosseguem normalmente”, informou a EECC.
A usina hidrelétrica começa a operar em 2017 e, segundo a EECC, terá capacidade de 219 MW.
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