Manifestação contra aumento da tarifa de ônibus em BH termina em confusão
Uma confusão entre policiais miltares e manifestantes marcou o protesto no centro de Belo Horizonte no início da noite desta quarta-feira (12) contra o aumento do valor das passagens de ônibus em Belo Horizonte, que foram reajustadas no último sábado (8) - o preço da tarifa em 80% das linhas passando de R$ 3,10 para R$ 3,40. Houve confronto e alguns manifestantes foram detidos.
Cerca de mil pessoas, segundo informações da PM, ocuparam por volta de 18h a praça Sete, confluência das avenidas Afonso Pena e Amazonas, no hipercentro da capital mineira. Por cerca de 15 minutos, o trânsito de veículos foi totalmente interrompido.
Com a intervenção da PM (Polícia Militar), os manifestantes seguiram ocupando uma faixa da avenida Afonso Pena, no sentido centro-bairro, em direção à Prefeitura Municipal, localizada na mesma via. Parte dos manifestantes permanecia no local até as 21h.
O ato foi organizado pelos movimentos Tarifa Zero e Passe Livre BH. Policiais do Batalhão de Eventos da PM, guardas municipais e agentes de trânsito da BHTrans, empresa municipal responsável pelo transporte público foram mobilizados para amenizar o caos do trânsito no centro da cidade
Briga na Justiça
Uma liminar que suspendia o reajuste das tarifas em Belo Horizonte foi cassada pelo TJ-MG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais) na sexta-feira (7) e o aumento imediatamente determinado pelo prefeito Marcio Lacerda (PSB), com início a zero hora do sábado (8).
Na terça-feira, a Defensoria Pública de Minas Gerais protocolou uma ação civil, com pedido de liminar, suspendendo o aumento das passagens de ônibus em Belo Horizonte. Na ação, a defensoria questiona as divergências nos estudos que apontam redução no número de passageiros e elevação do custo de manutenção do serviço, alegações feitas pela prefeitura para o aumento.
A ação corre na 4ª Vara de Fazenda Pública Municipal e pede também que seja feita uma auditoria contábil, econômica, fiscal e financeira nas empresas que exploram o serviço de transporte público na capital mineira. Entretanto, não há prazo para o julgamento do pedido de liminar suspendendo o aumento.
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