Óleo de navio que afundou com 5.000 bois se espalha e interdita praia no PA
Uma mancha de cerca de 4 km causada pelo derrame de óleo diesel do navio cargueiro Haidar, de bandeira libanesa, que tombou e afundou no cais do porto de Vila do Conde, em Barcarena, nordeste do Pará, interditou a praia do Conde por tempo indeterminado.
A medida foi tomada nesta quarta-feira (7) por autoridades ambientais depois que constataram óleo na beira da praia.
O cargueiro Haidar estava carregado com 5.000 cabeças de gado, que seriam levadas para o abate na Venezuela, quando começou a tombar e, cerca de duas horas depois, naufragou matando milhares de bois.
Algumas embarcações ajudaram no resgate de animais que saíram pela lateral do navio, mas a maioria morreu afogada dentro do compartimento de carga do navio. A carga pertencia à empresa Minerva Foods.
Horas depois do acidente, animais que morreram afogados começaram a boiar no mar e foram trazidos pela maré para a praia. Moradores de Barcarena aproveitaram para retalhar os animais mortos na beira-mar e dividir a carne para consumo.
Devido ao risco sanitário que a carne possui por não ter certificação sanitária e ainda estar em putrefação, o Estado montou um centro de crise para apreender as carnes furtadas e recolher os animais mortos para serem incinerados.
Segundo a Companhia Docas do Pará, responsável pela administração do porto de Vila do Conde, o navio estava carregado com 700 toneladas de óleo diesel e, logo depois do acidente, o combustível que vazou começou a aparecer no mar.
O governo do Pará informou que equipes técnicas conseguiram conter o vazamento no navio na tarde desta quarta-feira. Cordões de isolamento com boias estão sendo usados emergencialmente para conter a mancha no mar.
Segundo o Estado, a empresa responsável pela embarcação já contratou especialistas para elaborar um plano de ação para diminuir os impactos ambientais causados pelo acidente.
As empresas vão apresentar o plano aos órgãos ambientais informando como será feito o trabalho de contenção da mancha, a retirada dos corpos dos animais que estão dentro do navio e a destinação de outros resíduos.
A Companhia Docas do Pará informou a estimativa é de que os trabalhos durem cerca de 40 dias e os custos chegam a R$ 200 mil por dia.
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