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Sutiã gigante vira ponto turístico em cidade de Minas Gerais

Com 16 metros de comprimento e cinco metros de altura, um sutiã gigante se tornou símbolo definitivo de Juruaia (MG) - Divulgação/Associação Comercial e Industrial de Juruaia (MG)
Com 16 metros de comprimento e cinco metros de altura, um sutiã gigante se tornou símbolo definitivo de Juruaia (MG) Imagem: Divulgação/Associação Comercial e Industrial de Juruaia (MG)

Carlos Eduardo Cherem

Colaboração para o UOL, em Belo Horizonte

30/12/2015 06h00

Com 16 metros de comprimento e cinco metros de altura, o maior sutiã do Brasil se tornou símbolo definitivo de Juruaia (MG), cidade que é responsável por 15% da lingerie produzida no país. A instalação, que seria provisória, foi feita na praça Prefeito Benjamin Antônio, na área central do município de 9.000 habitantes, a 450 km de Belo Horizonte.

O imenso sutiã foi construído há pouco mais de três meses, como parte das festividades de abertura do Festilingerie, evento anual de Juruaia, e foi homologado pelo RankBrasil, no início de setembro, como o maior do país. A entidade é responsável por checar os recordes no Brasil e tem reconhecimento internacional.

A instalação é cerca de 20 vezes maior que uma peça tradicional e segue o mesmo padrão de costura dos sutiãs nacionais de qualidade: boa base, recorte no bojo, aplicação metálica, laço e strass.

“O sutiã chamou tanto a atenção pelo seu tamanho e foi um sucesso tão inesperado que resolvemos torná-lo símbolo da cidade, transformá-lo em um ponto turístico”, afirma a empresária Joelma Reis, uma das idealizadoras do projeto. “A peça tem a proporção de um sutiã mesmo, ergonomicamente falando.”

Vinte e quatro pessoas, durante quatro semanas, gastaram 90 metros de microfibra, rendão e cetim, além de 40 metros de TNT e 25 metros de espuma, para construir a peça. Segundo Reis, os tecidos serão trocados constantemente.

“Ele [o sutiã] agora faz parte da cidade, ficará em constante exposição e trocará sempre de tecidos. Esse sutiã de estreia tem tudo a ver com o fim de ano: vermelho, paetê e LED”, afirmou a empresária.

Tino comercial

Com cerca de 200 indústrias que produzem lingerie -- 90% das companhias são dirigidas por mulheres --, 120 lojas na área central do município e um faturamento anual em torno de R$ 15 milhões, o município deixou para trás a economia cafeeira no fim da década de 1990.

Desde então, as empresas abusaram da criatividade e inventaram cuecas e calcinhas com GPS, calcinhas masculinas e peças com sachê de sementes de árvores. Alguns itens chegam a custar mais de R$ 100 mil.