39 pessoas procuraram atendimento por causa do vazamento de gás no Guarujá
A UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Rodoviária no Guarujá já atendeu 39 pessoas vítimas da fumaça tóxica devido ao vazamento de gás seguido de incêndio que atingiu 12 contêineres num terminal portuário na tarde desta quinta-feira (13), segundo a Secretaria de Saúde de Guarujá. Das 39, apenas 9 continuam em observação.
Nenhum dos casos de vítimas da fumaça corria risco de morte. Foram feitas lavagem ocular e inalação, além de aplicação de corticoides para os casos mais graves de pacientes com asma ou bronquite.
Por causa da fumaça, o Pronto-Socorro de Vicente de Carvalho, que fica próximo ao terminal da Localfrio, onde ocorreu o vazamento, teve todos os serviços interrompidos e pacientes que estavam internados foram removidos para outras unidades.
A grande nuvem de fumaça motivou a evacuação de parte da população do distrito de Vicente de Carvalho, área mais próxima ao vazamento.
Por causa do incêndio e da fumaça, a Capitania dos Portos interrompeu a entrada e saída de navios no canal do porto de Santos.
O Terminal Santos-Brasil, um dos maiores do Porto de Santos, teve as atividades paralisadas porque fica vizinho ao Localfrio.
Ambos ficam na margem esquerda do porto de Santos, já no município de Guarujá.
Calma
Segundo a prefeita do Guarujá, Maria Antonieta de Brito, a orientação é para que as pessoas fiquem calmas e fechem as portas e janelas das casas.
"Queremos tranquilizar as pessoas, mas orientamos para que deixem as janelas e portas das suas casas fechadas e não usem panos molhados porque eles pioram a situação ", disse a prefeita Maria Antonieta de Brito no final da tarde.
O gás que vazou, segundo a Codesp (Companhia Docas do Estado de São Paulo), foi o ácido dicloro isocianúrico.
A zona de evacuação em Guarujá inclui as avenidas Adriano Dias dos Santos, Santos Dumont e rua Santidade Papa Paulo VI, além do Sítio Conceiçãozinha.
Os moradores desses locais foram orientados a procurar casas de parentes e amigos até que a situação esteja controlada.
Ainda segundo a prefeita de Guarujá, são cerca de 70 contêineres que necessitavam ser movimentados dentro do terminal nas proximidades do foco do incêndio.
"Falei com o proprietário do terminal e ele vai fornecer uma listagem com tudo que é material tóxico que estiver estocado por lá", disse Maria Antonieta.
Mesmo moradores de Vicente de Carvalho de locais mais distantes ao terminal Localfrio reclamaram dos efeitos da fumaça.
A comerciante Maria Rospal, que tem uma oficina elétrica na vila Áurea, vizinha ao Localfrio, disse que o cheiro forte de produto químico e a fumaça fizeram com que pelo três pessoas conhecidas, inclusive um funcionário seu, se retirassem do bairro.
"Sem contar que não param de passar ambulâncias por aqui", disse a comerciante.
Exército, Corpo de Bombeiros, Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) e a Defesa Civil estão no local do incêndio e um comitê de gestão de crise foi instalado pela Prefeitura do Guarujá.
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