Topo

Cão paralisado recupera movimentos com acupuntura e fisioterapia

A veterinária Claudia Lameirinha com o cão Fred em Uberlândia (MG) - Claudia Lameirinha/Arquivo Pessoal - Claudia Lameirinha/Arquivo Pessoal
07.mar.2016 - A veterinária Claudia Lameirinha com o cão Fred em Uberlândia (MG)
Imagem: Claudia Lameirinha/Arquivo Pessoal

Renata Tavares

Colaboração para o UOL, em Uberlândia

07/03/2016 22h05

Fred, de dois anos de idade, ficou paralisado há três meses devido à cinomose, uma das doenças mais graves que atingem os cachorros, comprometendo vários órgãos - e que pode levar à morte.

O cão chegou a ficar "tetraplégico", mas voltou a andar e recuperou outros movimentos na última semana depois de sessões de fisioterapia e acupuntura. O tratamento foi ministrado e supervisionado pela veterinária Cláudia Lameirinha, que vive em Uberlândia (537 quilômetros de Belo Horizonte, em Minas Gerais).

Segundo a médica, foram feitas ao todo quatro sessões, que começaram no fim de janeiro deste ano com um protocolo desenvolvido especificamente para o animal.

Cada sessão contou com o suporte de aparelhos modernos como laser e infravermelho para estimular a regeneração celular, além da acupuntura.

“O Fred veio muito atrofiado, então eu fiz todo o tratamento para estimular o sistema nervoso central para devolver a informação para o lugar correto. Porque nesses casos o organismo fica descompensado, muitas vezes o animal sente tudo, mas ele não sabe coordenar essas informações”, explica Claudia

A dona do cão, Aparecida Rosa Almeida, 48, conta que Fred vivia pelas ruas de Catalão, no interior de Goiás, e ela o levou para casa no ano passado, na cidade mineira, sem saber que ele tinha a doença. “Ele tinha uma ferida na boca e o levei ao veterinário, mas o hemograma não apontou a cinomose. Eu estava tratando a ferida quando da noite pro dia ele ficou paralisado e não conseguia andar mais.”

Aparecida revela que percebeu uma melhoria no cão desde a primeira sessão. “Olhei e pensei que ele não andaria mais, mas na primeira sessão ele começou a comer sozinho e mexeu o rabinho. Mas não esperava que fosse ser tão rápido. Um dia após a última sessão acordei com ele caminhando. Para mim, foi como um milagre. Não esperava que fosse tão rápido.”

A veterinária Claudia Lameirinha diz que o tempo de recuperação varia de acordo com a raça, idade ou tamanho do animal, mas que o tratamento recupera em média 90% de todos os movimentos do cão. “Em alguns casos o cão volta a ser o que ele era integralmente”, revela.

Fred vai continuar fazendo o tratamento para terminar a reabilitação e tratar a micolonia, que são os movimentos súbitos - algo parecido com o tique nervoso.

Para a dona do cão, que cuida de outros sete cachorros que também estavam em situação de abandono, foi uma emoção vê-lo bem. “Quando minhas filhas se casaram eu disse que ia me dedicar aos animais e é isso que tenho feito. Estou muito feliz com a recuperação do Fred. Agora ele já anda para todos os lados”.