Princípio de incêndio na Alerj adia votação de projeto para privatizar a Cedae
Do UOL, no Rio
13/02/2017 11h00Atualizada em 13/02/2017 16h08
Um princípio de incêndio no Palácio Tiradentes, sede da Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro), no centro da capital fluminense, fez com o que o prédio fosse esvaziado pelo Corpo de Bombeiros na manhã desta segunda-feira (13). Ninguém ficou ferido.
Por conta da ocorrência, a reunião do Colégio de Líderes que discutiria o projeto de lei que prevê a privatização da Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgotos), marcada para esta as 14h desta segunda, foi adiada indefinidamente.
Com isso, a votação do PL 2.345/17, inicialmente prevista para as 15h de tera-feira (14), foi retirada da pauta e "ainda não tem nova data marcada", segundo decisão do presidente da Alerj, Jorge Picciani (PMDB-RJ).
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Os bombeiros foram acionados às 9h25, depois que a sala de imprensa e o plenário da Casa foram tomados de fumaça. De acordo com a assessoria do Corpo de Bombeiros, o princípio de incêndio ocorreu em um duto de ar-condicionado do prédio. No início da tarde, a Alerj informou que o sistema de refrigeração do Palácio Tiradentes está sendo substituído.
O local foi resfriado, e a ocorrência encerrada por volta das 11h. Por conta do cheiro de fumaça, a presidência da Alerj orientou funcionários e deputados a não entrar no prédio.
Projeto e protesto
O projeto, que começou a ser discutido na última quinta (9), autoriza o governo a usar as ações da Cedae como garantia para um empréstimo de R$ 3,5 bilhões com a União. A proposta do Governo do Estado recebeu 209 emendas de deputados da Alerj.
Se aprovado, o projeto determina que o governo do Rio terá seis meses para contratar instituições financeiras para avaliar a companhia e criar o modelo de venda.
A privatização tem sofrido forte oposição do Movimento Unificado dos Servidores Públicos do Estado, de deputados da oposição e também dos funcionários da Cedae, que decretaram greve e temem pelos seus empregos e pela qualidade do serviço da companhia.
Na quinta, um protesto de servidores diante do Palácio Tiradentes durou mais de quatro horas e foi marcado pelo confronto entre manifestantes e policiais militares do Batalhão de Choque.