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Adolescente diz ter sido atacada com seringa no Metrô de São Paulo

Dario Oliveira/Código19/Estadão Conteúdo
Imagem: Dario Oliveira/Código19/Estadão Conteúdo

Demétrio Vecchioli

Colaboração para o UOL

12/04/2017 16h16

Quase seis meses depois da prisão do idoso que ficou conhecido como 'maníaco da seringa', uma adolescente de 17 anos alega ter sido perfurada na perna em uma estação do metrô de São Paulo. O caso ocorreu no sábado, por volta das 14h30, do lado de fora das catracas da estação Paraíso, na zona sul da cidade.

A jovem, que não ter o nome divulgado, relatou ao UOL que estava conversando com um amigo, de costas para o público, quando sentiu uma pressão e uma dor muito forte perna esquerda. Ao mesmo tempo, ela ouviu o barulho de um objeto caindo no chão e passou a procurar por ele. Assim, não viu quem poderia ter sido o agressor.

Com muitas dores na perna esquerda, ela voltou para casa, onde enfim confirmou que havia sido picada na coxa. Na segunda-feira, ao relatar o caso a um funcionário do Metrô, foi aconselhada a abrir um boletim de ocorrência e, na última terça, passou por exame de corpo delito no IML de Pinheiros.

Juliana enviou foto do ferimento na coxa ao UOL - Arquivo Pessoal - Arquivo Pessoal
Imagem: Arquivo Pessoal
“O médico falou que fui perfurada por algo grande e pontiagudo. Ele disse que eu deveria ir imediatamente para o hospital, onde fui atendida como emergência. Fiz o teste de HIV e, para evitar a contaminação, tive que tomar um coquetel. Vão ser 30 dias tomando isso, que deixa grogue. Também vou ter que fazer exames de sangue de 15 em 15 dias”, contou a estudante.

Em contato com a reportagem do UOL, a assessoria de imprensa do Metrô disse que não havia sido informada do caso. Ainda de acordo com o Metrô, a partir do B.O., a Secretaria de Segurança Pública (SSP) pode solicitar acesso às câmeras para tentar identificar o suposto agressor.

Em setembro, um morador foi detido com 21 agulhas de seringas numa das plataformas de embarque da estação Barra Funda. Desde então, o Metrô não soube de novos casos. Antes, em julho, outro homem já havia sido preso pelo mesmo crime. O caso do último sábado coincide com o da maior parte das vítimas: jovem, atacadas pelas costas em uma estação de grande movimento.