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Ex-senador boliviano asilado no Brasil morre vítima de acidente aéreo

Roger Pinto Molina ficou internado por cinco dias e respirava com ajuda de aparelhos - Alan Marques/ Folhapress
Roger Pinto Molina ficou internado por cinco dias e respirava com ajuda de aparelhos Imagem: Alan Marques/ Folhapress

Luís Adorno

Do UOL, em São Paulo

16/08/2017 11h09Atualizada em 16/08/2017 11h09

O Hospital de Base do Distrito Federal informou que o ex-senador boliviano, asilado no Brasil desde 2012, Roger Pinto Molina, 58, morreu às 4h43 desta quarta-feira (16).

"O paciente teve uma parada cardiorrespiratória e não respondeu às manobras de reanimação", informou o hospital, por meio de nota. Molina estava internado desde a noite de sábado (12) e respirava com ajuda de aparelhos.

O ex-senador, que ficou conhecido no país por se refugiar na embaixada brasileira em La Paz em 2012, sofreu um acidente aéreo no fim de semana.

O boliviano pilotava um avião de pequeno porte que caiu no início da noite deste sábado (12), no aeroclube de Luziânia, cidade goiana no entorno do DF, a cerca de 200 km de Goiânia.

A aeronave ficou destruída. A Aeronáutica continua investigando as causas do acidente.

Asilado no Brasil desde 2012

Molina foi senador na Bolívia pelo Plano de Progresso para a Bolívia - Convergência Nacional, partido de extrema direita. Ele foi acusado durante o governo Evo Morales de cometer irregularidades, que na época teriam gerado um dano econômico de US$ 1,7 milhões à Bolívia.

Porém, o ex-senador pediu asilo ao Brasil em 2012, alegando sofrer perseguição política. O pedido foi concedido, mas o governo boliviano não deu um salvo-conduto para que ele deixasse o país.Por isso, Molina se refugiou na embaixada brasileira, onde permaneceu por 454 dias.

Porém, com ajuda de um funcionário da embaixada, ele conseguiu chegar ao Brasil de carro, sem ser detectado por autoridades bolivianas, e passou a morar em Brasília.Sua fuga para o Brasil, pela fronteira boliviana em Corumbá, no Mato Grosso do Sul, causou dissabores ao governo brasileiro e colaborou para a demissão do então ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota.

O ex-senador também foi lembrado em 2016, dessa vez por conta do acidente com o avião da Chapecoense, na Colômbia, por ser sogro do piloto da aeronave, Miguel Quiroga.