Seis corpos e órgãos humanos são encontrados em faculdade desativada no interior de MG
Os cadáveres de quatro homens e duas mulheres e diversos órgãos humanos foram encontrados por policiais militares neste sábado (19) nas instalações de uma faculdade desativada há nove anos no bairro Campestre, em Itabira (MG), distante 110 Km de Belo Horizonte. De acordo com a PM mineira, os corpos foram localizados após denúncias anônimas à corporação.
No local, funcionava uma unidade da Censi (Centro de Ensino Superior de Itabira). A faculdade pediu descredenciamento do Ministério da Educação em 2013.
No prédio, que estava abandonado, funcionava uma faculdade com cursos na área de saúde. Os seis corpos estavam em um cômodo, com a placa "sala de anatomia". As portas e uma das janelas estavam abertas fazendo. Por meio delas, os policiais visualizam prateleiras com recipientes de plásticos transparentes em outro cômodo, onde havia também órgãos humanos conservados em líquidos, além de produtos químicos e de remédios.
Os corpos dos quatro homens e das duas mulheres estavam nus, mergulhados em formol (utilizado para manter cadáveres conservados) e não apresentavam mau cheiro, de acordo com os policiais. A perícia da Polícia Civil de Minas Gerais foi acionada e, após cerca três horas de trabalho no local, os corpos foram removidos para o IML (Instituto Médico Legal) do município.
A PM afirma que que os corpos eram mantidos no local, na época do funcionamento da universidade, para estudos dos cursos da área de saúde. Desde o fechamento da instituição de ensino em 2008, foram deixados em uma espécie de banheira, mergulhados em formol.
Será instaurado um inquérito, e os responsáveis pela antiga universidade serão intimados para prestar depoimento. Nenhum responsável pelo imóvel, que está abandonado e depredado, havia sido localizado pela polícia neste sábado.
O UOL ligou às 18h40 e às 18h50 deste sábado (19) para o escritório do advogado do Censi, Guilherme Torres, mas as chamadas não foram atendidas. No site do Ministério da Educação consta como responsável pelo Censi José Maurício Lage, que não foi localizado pela reportagem.
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