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Exército começa a patrulhar ruas de Natal com 720 homens

Loja teve porta arrombada e foi saqueada em Natal, RN - Divulgação
Loja teve porta arrombada e foi saqueada em Natal, RN Imagem: Divulgação

Flávio Costa*

Do UOL, em São Paulo

29/12/2017 22h36Atualizada em 30/12/2017 01h39

Ao menos 720 homens do Exército brasileiro começaram a patrulhar as ruas de Natal por volta das 20h30 desta sexta-feira (29). O efetivo total das Forças Armadas no Rio Grande do Norte deve chegar a 2 mil homens nos próximos dias.

A informação foi confirmada ao UOL pelo ministro da Defesa, Raul Jungmann. Ele afirmou que as tropas estão atuando em uma operação de Garantia da Lei e da Ordem e começaram a operar na tarde desta sexta-feira.

Segundo a TV Globo, durante a noite houve troca de tiros entre bandidos e as forças de segurança nas ruas de Natal.

Na primeira etapa da operação, o patrulhamento se focará na região metropolitana de capital e de Mossoró. A ação tem duração inicial de 15 dias, mas pode ser renovada. "Ficaremos lá o quanto for necessário, até que a ordem se restabeleça", disse Jungmann, durante entrevista coletiva, em Brasília. Logo depois, ele viajou para Natal, onde passará o Réveillon.

O Rio Grande do Norte enfrenta uma grave crise de segurança. Há dez dias policiais civis e militares estão em greve, reivindicando o pagamento de salários atrasados.

O ministro fez um apelo para que profissionais da segurança voltem ao trabalho. "A situação é difícil, entendemos a falta de salário, a falta de equipamentos, mas acima disso está o juramento que o policial militar fez de defender a vida. O valor mais sagrado é da vida. Faço um apelo para que retomem, apesar de todas as dificuldades, o mandato concedido", disse.

No último domingo, a desembargadora Judite Nunes, do TJ-RN (Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte), atendeu pedido do governo estadual, declarando ilegal a paralisação de bombeiros, policiais militares e civis do Estado, e determinou que eles retornem ao trabalho. Porém, a paralisação dos agentes de segurança pública não foi interrompida.

Além das Forças Armadas, a Força Nacional -- composta por policiais militares de diversos Estados -- mantém um contingente de cerda de 200 homens no Rio Grande do Norte em caráter emergencial.

* com Estadão Conteúdo