RJ fecha 2017 com maior taxa de mortes violentas dos últimos 8 anos
![29.mar.2016 - Mãe abraça caixão com corpo do filho, de apenas 4 anos, morto por bala perdida no Morro do Cajueiro, na zona norte carioca - Fabiano Rocha / Extra / Ag. O Globo](https://conteudo.imguol.com.br/c/noticias/30/2016/03/29/29mar2016---tayane-pereira-da-silva-20-abraca-caixao-com-o-corpo-do-filho-ryan-gabriel--4-morto-por-uma-bala-perdida-durante-confronto-entre-traficantes-no-morro-do-cajueiro-rio-de-janeiro-rj-no-1459268085536_615x300.jpg)
O Estado do Rio de Janeiro fechou o ano passado com a maior taxa de mortes violentas desde 2009, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (18) pelo ISP (Instituto de Segurança Pública), órgão do governo fluminense. Foram 6.731 casos em 2017, o que representa uma taxa de 40 mortes violentas por 100 mil habitantes. Em 2009, o mesmo índice foi de 44,9. O levantamento também aponta o maior índice de mortes pela polícia em nove anos.
Entre 2010 e 2016, a estatística de mortes violentas no RJ esteve abaixo da taxa de 40 por 100 mil habitantes. O período reflete a ascensão e o declínio do projeto das UPP (Unidades de Polícia Pacificadora), criado em 2008 na gestão do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) --hoje e preso e condenado por corrupção e outros crimes no âmbito da Operação Lava Jato.
O menor índice de letalidade violenta se verificou em 2012, quando a taxa ficou em 28,2 por 100 mil habitantes. O indicador de mortes violentas é composto por quatro tipos de registro criminal: homicídios dolosos (com intenção), homicídios praticados por policiais, latrocínios (roubo seguido de morte) e lesão corporal seguida de morte.
Letalidade policial quase triplica em 4 anos
De acordo com os dados do ISP, 2017 também foi o ano em que se verificou a maior taxa de homicídios decorrentes de intervenção policial nos últimos nove anos. O índice ficou em 6,7 por 100 mil habitantes --em 2008, era de 7,3. Foram, no total, 1.124 mortos pela polícia no ano passado.
Em relação aos números absolutos, o indicador esteve abaixo de mil casos entre 2010 e 2016, o que também pode estar relacionado com a política de UPPs. Em 2013, o Instituto de Segurança Pública registrou a menor taxa do período: 2,5 por 100 mil habitantes.
O órgão de segurança pública divulgou nesta quinta um balanço com a comparação entre os anos de 2016 e 2017. Em um ano, houve piora nos indicadores de roubo de veículo (aumento de 30,4%), sequestro relâmpago (43,5%) e roubo de aparelho celular (24,7%).
Por outro lado, de janeiro a dezembro do ano passado, a polícia registrou queda nos números referentes a roubo a transeunte (8,3%), roubo a estabelecimento comercial (9,5%) e estelionato (20,2%).
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