Dos 14 aos 93 anos, mulheres querem manter vivo legado de Marielle
O ato ecumênico em homenagem à vereadora Marielle Franco (PSOL) e ao motorista Anderson Gomes que reuniu milhares de pessoas na quarta-feira (21), na Cinelândia, no centro do Rio de Janeiro, contou com a participação feminina maciça. Nas camisetas, a frase: "lute como uma Marielle".
A manifestação reuniu mulheres de diferentes idades, de adolescentes a idosas --a reportagem do UOL conservou manifestantes de 14 aos 93 anos. Os perfis delas são diversos, mas o discurso o mesmo: manter vivo o legado de Marielle, que obteve a quinta maior votação na Câmara Municipal.
Para a advogada Maria Soares, 93, o assassinato brutal não pode apagar seu legado. "Marielle lutava por tudo que eu acredito, era uma força que tínhamos nas mãos para conseguir alguma melhora."
A estudante Letícia Santana, 14, que foi ao ato com a mãe, vê em Marielle um exemplo. "Ela tem todas as características que eu tenho: negra, mulher, da favela. Ela é uma referência para mim. Como eu sou jovem, eu quero ser um dia como ela."
A projeção de Letícia se reflete na observação da psicóloga Vânia Guedes, 68. "Quiseram apagar a luz da Marielle, só que ela virou uma estrela, ela explodiu em milhares de Marielles", afirmou.
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