Homem é solto após agressão e mata ex-mulher dois dias depois no DF
Nesta quarta-feira (6), um homem matou a ex-mulher a facadas três dias após ser detido em flagrante por agressão e tentativa de homicídio contra Tauane Morais dos Santos. Após o crime, Vinícius Rodrigues de Sousa tentou se matar, mas foi resgatado e hospitalizado. Ele teve a prisão preventiva decretada.
No domingo (3), já havia sido detido em flagrante por agressão e tentativa de homicídio contra Tauane. Durante a discussão, ele tentou enforcá-la e deu socos nela, além de ter quebrado móveis da casa. Os dois filhos deles, uma menina, de quatro anos, e um menino, de dois anos, estavam no local.
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No depoimento, a vítima afirmou que estava anunciando a separação e que o agressor era ciumento, que já a havia agredido outras vezes, mas não prestou queixa. Ao UOL, a polícia informou que ofereceu proteção a ela na Casa Abrigo, que visa a acolher vítimas de feminicídio no DF, mas Tauane não aceitou.
Na segunda-feira (4), em audiência de custódia, o juiz Aragonê Nunes Fernandes decidiu liberar o acusado por considerar que "a fixação de medidas protetivas são suficientes para acautelar o processo".
Após ser solto, na quarta-feira (6) Vinícius Sousa foi até a casa onde o casal morava para buscar seus pertences, mas começou outra discussão, que terminou o assassinato da ex-mulher a facadas. Depois de matá-la, ele tentou se suicidar, mas foi levado por um familiar ao Hospital Regional de Taguatinga, onde permanece internado até o momento.
"Não temos bola de cristal"
Nesta quinta-feira (7), um dia após o crime, o juiz Aragonê Nunes Fernandes afirmou, em nova audiência de custódia, que "por não termos bola de cristal, não temos como prever aqueles que realmente concretizarão as ameaças que fazem" e que "prender a todos, indistintamente, não parece ser o melhor caminho a seguir".
Ele ainda diz que "infelizmente, todos os dias este Núcleo de Audiência de Custódia (NAC) recebe um grande número de autuados envolvidos em crimes relacionados à Lei Maria da Penha".
Em comunicado, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) afirma que apesar de encontrar-se hospitalizado, Vinicius teve a prisão preventiva decretada "diante da extrema gravidade do crime praticado, bem como mediante o franco descumprimento de medida protetiva imposta em favor da vítima".
Os filhos deles estão sob a guarda de familiares. O processo seguirá seu trâmite até o julgamento no Tribunal do Júri de Samambaia.
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