Suspeitos mortos no acesso à ponte Rio-Niterói fizeram ônibus de escudo, diz motorista
Um ônibus da linha Alcântara x Botafogo foi um dos veículos que ficou no meio do fogo cruzado entre suspeitos e policiais militares na manhã desta segunda-feira (20) na alameda São Boaventura, no acesso à ponte Rio-Niterói, onde seis homens supostamente criminosos foram mortos pela PM.
O motorista do ônibus Marcos Antônio de Jesus disse ao UOL que o coletivo serviu de escudo para os suspeitos. Segundo ele, uma passageira chegou a ser ferida na perna.
“Estava seguindo em direção ao Rio e de repente vi um Honda branco dando ré. O carro deles bateu no ônibus e os homens saíram armados e abaixados. Tentaram usar a lataria do ônibus para se proteger. Foram mais de cinco minutos de tiros, mas pareceu uma eternidade”, disse o motorista que levava 20 passageiros no momento da ocorrência.
Ao menos 14 tiros foram encontrados na lataria do coletivo.
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“Todos nós podíamos ter morrido. Podia ter sido uma tragédia. Na hora dos tiros, puxei o freio de mão e me joguei no corredor do ônibus. Os passageiros também deitaram. Todo mundo tentou se proteger como dava.”
Marcos Antônio, que trabalha há 29 anos como motorista de ônibus, prestou depoimento na Delegacia de Homicídios de São Gonçalo e Niterói, responsável por investigar o caso. Ele lamentou a falta de segurança no Rio de Janeiro.
“A gente que trabalha como motorista de ônibus passa por cada coisa. Cada dia é uma cena diferente, mas nunca vivi nada igual a hoje, mas a vida precisa seguir em frente.”
A passageira ferida durante o confronto foi levada para o hospital Azevedo Lima, em Niterói. Ela foi atingida de raspão na perna. O nome da vítima não foi divulgado. Não há informações sobre o estado de saúde dela.
Na ação desta segunda-feira, outros três criminosos ficaram feridos e foram levados para um hospital, onde estão presos sob custódia. Segundo a PM, o grupo praticava assaltos na região desde domingo (19) e foi interceptado por policiais do 12º BPM após deixarem um baile funk em São Gonçalo, cidade vizinha a Niterói, na região metropolitana.
O grupo seguia para o Complexo da Maré, na zona norte do Rio. Segundo o comandante do 12º BPM, Márcio Guimarães, um cerco foi montado no acesso à ponte Rio-Niterói.
“Recebemos denúncias de uma onda de assaltos na região desde domingo. Reforçamos o patrulhamento e, no fim da madrugada de hoje, durante um cerco no acesso à ponte Rio-Niterói, os carros dos bandidos foram localizados e interceptados."
Quatro pistolas e quatro fuzis foram apreendidos com os suspeitos. A Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo fez uma perícia no local.
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