Homem acusado de enterrar cachorro vivo em Alagoas é indiciado pela polícia
A Polícia Civil de Alagoas indiciou por maus-tratos um homem acusado de enterrar vivo um cachorro rottweiller em um terreno baldio, no município de Barra de São Miguel (AL). O inquérito foi concluído nesta terça-feira (15) e será remetido ao Ministério Público, que analisará o material e decidirá se oferece denúncia à Justiça.
O cachorro apelidado de "Dogão" foi encontrado por moradores vizinhos ao terreno depois que eles ouviram barulho similar a um "choro". O animal estava com uma corda amarrando uma das patas e enterrado dentro de um buraco. Ele foi resgatado pela população e entregue à ONG Projeto Acolher, que cuida de animais abandonados, no último dia 8.
O cão está sob custódia dos voluntários do Projeto Acolher e encontra-se internado em uma clínica veterinária em Maceió. O estado de saúde do cachorro ainda é considerado grave.
"Ele mesmo estando medicado, não está reagindo aos antibióticos. Já foi trocado o tipo e ele continua sem reagir. A infecção urinária dele está pesada. Ele está perdendo muito sangue pela urina", informou o Projeto Acolher, na tarde de terça-feira.
Segundo a polícia, agentes da delegacia da Barra de São Miguel chegaram ao acusado por meio de informações anônimas repassadas pela população. O nome do suspeito não foi divulgado.
A polícia disse que o acusado contou que enterrou o cachorro no último dia 7, após informar ao proprietário do animal que ele entrou em óbito.
"O autor afirmou que não sabia que o cachorro estava vivo. Ele disse que avisou, por telefone, ao dono do animal que o cachorro morreu e já que ele estava morto, decidiu enterrá-lo. Ele vai responder por maus-tratos tipificado na lei de Crimes Ambientais", informou o delegado José Carlos Sales dos Santos.
Crime
O Senado Federal aprovou projeto de lei, em dezembro passado, que aumenta a pena para quem pratica maus-tratos contra animais. Atualmente, a pena para quem pratica este tipo de crime é de dois meses a um ano de detenção.
A proposta é de aumentar a pena entre um ano a quatro anos de prisão, além de aplicação de multa de até mil salários mínimos. O projeto de lei de autoria do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e deve ser analisado ainda pela Câmara dos Deputados.
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