Com nova barragem em risco, Brumadinho tenta evacuar até 3 mil pessoas
Cerca de 3.000 pessoas devem ser retiradas ainda neste domingo (27) de bairros em áreas da cidade de Brumadinho (MG) pelo risco de rompimento iminente de uma nova barragem da Vale, segundo informaram autoridades nesta tarde. Segundo o porta-voz do Corpo de Bombeiros, Pedro Aihara, apenas as regiões do centro da cidade ainda não foram completamente evacuadas.
As buscas seguem interrompidas enquanto a barragem 6, que apresenta risco de rompimento, estiver em processo de drenagem. Segundo Aihara, restam 840 mil metros cúbicos de água dos cerca de 3 a 4 milhões de metros cúbicos registrados no momento do alerta para evacuação --as sirenes tocaram durante a madrugada.
O porta-voz dos Bombeiros explicou que uma nova análise permitiu que o número de pessoas em áreas de risco fosse reduzido --das 24 mil pessoas em situação de risco, somente cerca de 3 mil devem ser removidas temporariamente. Ele afirmou ainda que estas pessoas não são consideradas desabrigadas, já que só foram retiradas por conta do risco neste momento e poderão voltar para suas casas assim que a barragem for considerada segura.
O tenente-coronel Flávio Godinho, da Defesa Civil de Minas Gerais, afirmou que 37 pessoas morreram e 192 foram resgatadas por bombeiros. Outras 287 pessoas são consideradas desaparecidas. Os parentes de desaparecidos podem entrar em contato por meio dos telefones 0800 528 7000 e 0800 821 5000 para cadastrar os nomes de familiares.
Dos 37 mortos, 16 já foram identificados e oito foram entregues às famílias para sepultamento. De acordo com a Polícia Civil, a identificação das vítimas é difícil pelo estado dos corpos. Além do reconhecimento por familiares, estão fazendo a identificação por digitais, arcada dentária e por DNA.
Esperança de encontrar sobreviventes
O porta-voz do Corpo de Bombeiros afirmou que, apesar da interrupção das buscas, ainda existe a chance de encontrar sobreviventes. "Existe a possibilidade de encontrar pessoas com vida. A medida que o tempo passa, a chance diminui. Mas sabemos que ainda assim é possível encontrar pessoas vivas", disse Aihara.
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